Entre a noite de segunda (31) e a de terça-feira (1º), em meio aos protestos que bloqueiam rodovias e mudam a rotina do País, novas manifestações de instituições e representantes políticos buscaram apaziguar os ânimos.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu nota qualificando as ações como “inaceitáveis”. “Atuaremos para que o resultado das urnas seja respeitado e os eleitos tomem posse em 1º de janeiro, conforme determina a Constituição Federal”.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) lembrou que a democracia está sobre três princípios fundamentais: o princípio da maioria, o da igualdade e da liberdade. “O que vem ocorrendo desde a noite do domingo passado em muitas estradas do Brasil agride frontalmente esses princípios”.
O deputado federal Aliel Machado (PV) disse ontem ter protocolado pedido de CPI para identificar eventuais organizadores de atos antidemocráticos.
Sandro Alex (PSD), no dia anterior, lembrou ser apoiador de Bolsonaro, mas pediu o fim de protestos com bloqueios em rodovias.
Sobre o muro
Houve diversas entidades e autoridades políticas que, apesar de seu envolvimento direto na campanha de Bolsonaro em níveis estadual e municipal, não se posicionaram em relação aos bloqueios. Nem a favor, nem contra os protestos tal qual ocorrem.
Assim, mesmo após o pedido do presidente, muitos grupos permaneceram realizando os bloqueios. Somente nas rodovias federais do Paraná eram, conforme os boletins oficiais, 21 bloqueios, dos quais 14 eram totais e 7 parciais. Bem menos que os 55 do final da noite de segunda, mas ainda exigindo acompanhamento da PRF.