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Em discurso, Bolsonaro pede fim dos bloqueios de rodovias

“Nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”

O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) realizou, na tarde desta terça-feira (1º), seu primeiro pronunciamento oficial desde o resultado das urnas que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) novo Presidente da República.

Em um discurso breve, lido diante de representantes da imprensa, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro se dirigiu aos brasileiros, agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram nele no último dia 30 de outubro. Em seguida, apelou para que os manifestantes interrompam os protestos que estão prejudicando a própria sociedade.

“As manifestações pacíficas sempre serão bem vindas. Mas, nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população: como a invasão de propriedade, a destruição de patrimônio e o cerceamento do direito de ir e vir”, disse Bolsonaro, se referindo aos bloqueios de rodovias que ocorrem desde segunda-feira (31).

O presidente destacou a compreensão de que os movimentos que ocorrem em diversas regiões do País “são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”. Ao mesmo tempo, no entanto, deixou claro que a gestão do país deve ser mantida dentro das “quatro linhas da Constituição”. Para isso, ele lembrou, seus apoiadores compõem uma “robusta representação no Congresso”.

Bolsonaro encerrou o discurso dizendo que “somos pela ordem e pelo progresso”, e lembrou que foi uma “honra ser líder dos brasileiros”. “Enquanto Presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da Constituição”, acrescentou. 

Não houve nenhuma menção a Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira informou, em seguida, que a transição de poder seguirá os trâmites normais. O processo inicia nesta semana e se concretiza em 1° de janeiro de 2023, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Confira o discurso na íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.

Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais.

Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.

Muito obrigado.

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