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Ensino municipal remoto deixou 1,7 mil alunos sem aulas em PG

Luci colocou a neta Agatha no ensino presencial para melhor aprendizado (Foto: Divulgação PMPG)

A Prefeitura de Ponta Grossa vem intensificando as ações do projeto “Nenhum Aluno a Menos”, que foi implantando neste ano e tem o objetivo de minimizar os efeitos que a desigualdade social gerou no aprendizado dos alunos da rede municipal de ensino, com a oferta do ensino remoto. Embora o ensino pela TV e pela internet tenha permitido dar continuidade à oferta de conteúdos pela Secretaria Municipal de Educação (SME), levantamento apontou que 1.701 estudantes não tiveram acesso às aulas.

A SME contabilizou 1.354 alunos do Ensino Fundamental, o equivalente a 6,61% do total, que não foram alcançados pelo ensino remoto, por não terem acesso às mídias eletrônicas. Na Educação Infantil, 8,24% dos alunos não foram alcançados pelo ensino remoto, totalizando 347 alunos à margem desse ensino.

O projeto reúne uma série de ações para que nenhuma criança fique afastada dos estudos durante a pandemia. Nesse contexto, a manutenção das aulas presenciais fez diferença, especialmente para estudantes de famílias em situação de vulnerabilidade social.

“Identificamos uma série de situações complexas que não poderiam ser tratadas adequadamente sem as atividades presenciais, como o acesso a mídias eletrônicas e outras carências que estavam impedindo o desenvolvimento escolar de vários alunos”, relata a secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves.

Aulas 100% presenciais

O plano para atendimento desses alunos foi colocado em prática com o retorno às atividades presenciais. As crianças foram atendidas em sala de aula, com horários agendados, para garantir o aprendizado e reduzir as chances de abandono escolar. Outra medida adotada para reduzir os impactos da pandemia sobre os alunos em vulnerabilidade foi a manutenção destes estudantes no sistema 100% presencial, enquanto os demais alunos frequentam as aulas no sistema híbrido.

Acompanhamento

Além do acompanhamento daqueles que frequentam as aulas, a equipe da SME realiza de maneira permanente o trabalho de Busca Ativa Escolar. Trata-se de um conjunto de ações para que não haja evasão escolar, com visitas domiciliares a famílias de alunos que não compareceram às aulas ou que deixaram de retirar e entregar as atividades remotas disponibilizadas pelas unidades escolares. No início do ano, a Secretaria contabilizava quase 700 alunos que não estavam comparecendo com a entrega de atividades.

Agatha Thailise dos Santos, oito anos, estuda no 3º ano da Escola Municipal Professora Kazuko Inoue, na Vila Princesa, em Ponta Grossa. A avó, Luci Aparecida Pereira dos Santos, sentia que não estava conseguindo oferecer o apoio que a neta merecia. “Eu não tenho estudo, mas eu faço todo o esforço para que os meus netos estudem, para que eles tenham um futuro brilhante lá na frente”, disse, decidindo levá-la ao ensino presencial. (com assessorias)

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