Um empresário acusado de matar, em março de 2014, um militar reformado do exército, irá a julgamento nesta terça-feira (15). A sessão terá início à 8h30 no Fórum de Ponta Grossa. O caso teve bastante repercussão à época dos fatos, por ter ocorrido no interior do restaurante do réu, lugar de intenso movimento, no Centro da Cidade.
Conforme o DC apurou na ocasião, a vítima, de 52 anos, teria se envolvido em uma discussão com o proprietário. Esse acabou sacando uma arma, e efetuou dois disparos contra o cidadão.
De acordo com o advogado do réu, Ângelo Pilatti Junior, a estratégia da defesa irá se basear nas mesmas informações que o acusado deu à polícia logo após o registro dos fatos. Segundo o réu, o homem estaria perseguindo e assediando seu filho, à época com 10 anos, e o empresário teria se descontrolado após discutir com a vítima que, na sua visão, teria ido ao restaurante para provocá-lo.
“Havia uma investigação já em curso sobre a conduta do sujeito. O pai do menino havia acionado a autoridade policial e o Ministério Público, porque o assédio estaria ocorrendo até mesmo diante da escola onde a criança estudava”, comenta Pilatti Junior.
Dois guardas municipais que prenderam o acusado logo após efetuar os disparos estão entre as testemunhas que devem ser trazidas pela promotoria. A defesa trará outras seis testemunhas, com o objetivo de confirmar que o empresário atirou porque queria proteger o filho.
A vítima, na ocasião, chegou a ser socorrida pelo Siate e foi encaminhada ao Hospital Santa Casa de Misericórdia, mas faleceu no mesmo dia.