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Júri absolve empresário acusado de homicídio em PG

O empresário de Ponta Grossa, acusado de matar, em março de 2014, um militar reformado do exército foi absolvido durante o seu julgamento ocorrido na manhã de segunda-feira (6) no Fórum de Ponta Grossa. O júri popular teve início por volta das 8h30 e contou com a presença de familiares do réu.

O comerciante foi acusado de homicídio qualificado pelo Ministério Público e até então respondia em liberdade. Ele chegou ao Fórum por volta das 8h20 acompanhado pela esposa e não conversou com os repórteres. Na época do crime, ele ficou preso por um dia, segundo um dos advogados de defesa Ângelo Pilatti Júnior.

De acordo com o advogado José Altevir Mereth Barbosa da Cunha, que também foi responsável pela defesa do empresário, o júri levou em consideração que o réu teria agido em legítima defesa em favor da família. "Foram quatro testemunhas que decidiram pela absolvição, levando em consideração a honra e a família. Para nós e para a família esse resultado foi muito esperado. A partir de hoje, ele (empresário) poderá começar uma nova história em sua vida", disse Barbosa.

Votação

De um total de sete jurados que se fizeram presentes, os primeiros quatro votos abertos foram pela absolvição do réu.

Crime

O militar tinha 52 anos quando foi morto com dois tiros pelo empresário. De acordo com o advogado Pilatti, o militar estaria perseguindo e assediando seu filho, na época com 10 anos, e o empresário teria se descontrolado após discutir com a vítima que, na sua visão, teria ido ao restaurante para provocá-lo.

A delegada Ana Paula Cunha Carvalho foi uma das testemunhas chamadas para depor na segunda. De acordo com ela, o empresário teria procurado a polícia três dias antes do crime.

"Ele nos procurou no 3° Distrito – na época ainda não existia o Nucria – e relatou que a vítima teria estuprado o seu filho. Ele disse ainda que o homem entregava doces ao seu filho e em determinado dia teria ido até a saída da escola onde a criança estudava, a colocou no carro e teria tocado em suas partes íntimas", disse Ana Paula.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão do militar. Inicialmente, o pedido foi encaminhado ao Ministério Público, que teria opinado pelo indeferimento, por entender que a prova produzida, sobre o abuso, não seria o suficiente. O crime, no entanto, ocorreu enquanto a promotoria apresentava a sua manifestação, não havendo tempo hábil para que o pedido fosse encaminhado ao juiz, que seria o responsável por deferir ou indeferir o pedido de prisão.

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