A devoção em torno do túmulo de Corina Portugal foi aprovada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac) como bem patrimonial imaterial de Ponta Grossa. A informação consta no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (7). O documento traz a ata de reunião que aprovou por unanimidade o tombamento.
“Por sua manifestação ao longo do tempo, transmitido de forma oral e informal, fixado à tradição local; por representar forte referência cultural ponta-grossense, incorporando pessoas de diversidade social é que apresento parecer favorável ao tombamento”, traz o documento oficial.
Com a decisão, a “devoção em torno do túmulo de Corina Portugal” está incluída no Livro de Registro dos Lugares que exigem proteção (salvaguarda).
Memorial
Durante a reunião do Compac, conselheiros lembraram da importância cultural da devoção a Corina em Ponta Grossa. Inclusive, o registro traz a intenção da construção de um memorial.
“Existe um projeto para o Memorial Corina Portugal, desenvolvido pelo arquiteto Roberto Pietrobelli
Christensen, com a intenção de criar um espaço de contemplação e devoção, que está em
processo de aprovação na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa”.
Beatificação
A ata lembra ainda sobre os estudos para restauro do túmulo de Corina Portugal, no Cemitério São José, em Ponta Grossa, além de frisar o processo de beatificação de Corina.
“Paralelamente às manifestações iniciou-se um processo, junto à Igreja Católica, apoiado pelo Bispo Dom Sérgio Arthur Braschi, de designar Corina como ‘serva de Deus’, primeira etapa em um futuro processo de beatificação”, consta no documento.
Corina Portugal
A intenção com o tombamento é reafirmar a necessidade de manter a memória sobre a história de Corina e a fé popular sobre a história da mulher, assassinada em 1889, bem antes de existir o termo “feminicídio”.