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Criatividade ajuda a criança no processo de aprendizagem

Estímulos constantes, diferentes recursos e muita criatividade são fatores importantes e que contribuem para envolver as crianças com síndrome de Down (SD) no processo de aprendizagem. "Pessoas com SD têm um perfil único, com habilidades e dificuldades em determinadas áreas", é o que explica Rosana da Cruz, mãe da pequena Manuella, de 6 anos, com síndrome de Down.

A mãe resolveu estudar para ajudar a filha durante o seu processo de aprendizagem, que já começou quando ela tinha um ano e meio. Rosana conta que fez uma pós-graduação em Neuropsicopedagogia e atualmente cursa uma especialização sobre síndrome de Down em Curitiba.

"A aprendizagem da criança é resultado da sua condição genética, estimulação adequada, afetividade, condição clínica e o meio onde vive. O processo leva um tempo maior, é preciso repetir diversas vezes, porém diversificar. Com certeza é uma quebra de paradigmas. É preciso reinventar as formas de ensinar e isso exige dedicação, esforço, trabalho e vontade", aponta.

Rosana explica que, além da escola, a rotina da filha conta com acompanhamentos diários com fonoaudiólogos; equoterapia; psicopedagogia e terapia ocupacional. "Procuramos estimulá-la, principalmente, nas atividades de rotina do dia a dia. A parceria da irmã, Heloisa, 17 anos, é fundamental no desenvolvimento, ela sempre ajuda e serve de referência para a Manu. Não é porque a Manuella tem um atraso no desenvolvimento que ela é inferior ou precisa de programas facilitados", destaca Rosana.

Inclusão

Para muitos pais, a união da escola; família e profissionais; são fatores essenciais para que ocorra a inclusão. "As atividades realizadas pela Manuella são as mesmas dos demais alunos, conforme a legislação inclusiva da pessoa com deficiência. Por isso, adaptações são realizadas, sempre que necessárias, no sentido de extrair o melhor resultado educacional. Percebo que a Manuella gosta muito de ir pra escola e é muito bem acolhida por todos", aponta.

Trabalho pedagógico

Na visão da coordenadora pedagógica da educação infantil do colégio Sepam, Kátia Moro, as escolas encontram estratégias diferenciadas para proporcionar o aprendizado das crianças com SD.

"A inclusão destas crianças tem a ver com a expectativa dos pais com relação à inclusão. Os pais, por exemplo, querem que os filhos sejam tratados de forma igualitária e, devem ser, então os professores trabalham para adaptar as atividades em sala de aula", explica conforme a necessidade de cada criança.

Dificuldades

Kátia ressalta, no entanto, que a questão curricular é outra dificuldade para as escolas. "A escola tenta inserir a criança em no modelo de aprendizagem, mas nem sempre isso ocorre por conta das particularidades de cada aluno. Na educação infantil, como as atividades são lúdicas, acaba sendo mais fácil para o aluno especial. Mas, no ensino fundamental, temos um currículo inchado, com um padrão pedagógico mais rigoroso. Por isso, quando os pais optam pelo não acompanhamento de um tutor junto ao filho, os professores desenvolvem novas estratégias para que o aluno possa aprender dentro das suas possibilidades", finaliza.

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