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Cresce oferta de vagas e cai procura por emprego na Agência do Trabalhador de Ponta Grossa

Mesmo com a pandemia, a quantidade de oportunidades oferecidas se aproxima da registrada no ano passado, mas em contrapartida o total de inscritos diminui

Segundo José Loureiro, setores que mais contrataram através do Sine em setembro foram construção, indústria e serviços; de acordo com Kelyn Kris Gonçalves, o registro inferior de inscritos em 2020 é resultado direto da pandemia (Fotos: Arquivo DC)

Após registrar quedas expressivas na quantidade de empregos ofertados em março (-17,3%), abril (-61,4%) e maio (-46,6%), período em que iniciaram as medidas de combate ao novo coronavírus em Ponta Grossa, nas últimas semanas a Agência do Trabalhador tem registrado até mesmo recorde na oferta de vagas diárias; apenas nesta terça-feira (6), por exemplo, foram disponibilizadas 325 vagas. Os balanços mensais comprovam esse aumento: na comparação com os mesmos meses de 2019, em agosto a oferta aumentou 37,2% e em setembro 16,8%.

Com estes resultados, repassados à reportagem do Diário dos Campos pela assessoria de imprensa do órgão, 2020 aponta uma proximidade com a abertura das vagas do ano passado: de janeiro a setembro deste ano foram oferecidos 4.645 empregos, apenas 1,9% a menos do que em 2019 (4.735).

De acordo com a base de dados do Ministério da Economia (atualizada até agosto), no acumulado do ano Ponta Grossa tem a sétima maior geração de empregos entre todos os municípios do país: são 2.309 novas vagas, calculadas pela subtração das demissões das admissões registradas desde janeiro.

“Além do bom desempenho no Caged [sistema do Ministério da Economia], os índices de empregabilidade registrados na Agência do Trabalhador nos últimos meses demonstram um crescimento na oferta de vagas do trabalho em todas as áreas. Em setembro, os setores que mais contrataram em Ponta Grossa, através do Sine Municipal, foram as áreas da Construção, Indústria e Serviços, mas com crescimento também nos demais setores”, conta o secretário da pasta que gere o órgão (Indústria, Comércio e Qualificação Profissional), José Loureiro.

Queda na procura

Ao mesmo tempo em que no ano a oferta de vagas através da Agência do Trabalhador é apenas 1,9% menor do que em 2019, a quantidade de trabalhadores inscritos nas vagas caiu 30,8%. Em 2019 foram 5.270 inscritos para 4.735 vagas (11,2% excedentes), neste ano foram 3.647 inscritos para 4.645 vagas (21,4% sobras).

Só podem se inscrever para as vagas os trabalhadores que preencham os pré-requisitos determinados pelos contratantes; isso gera comentários dos candidatos, que reclamam da falta de vagas que não exijam experiência, e do órgão, que ressalta que deve seguir o que foi determinado pelas empresas por atuar só como intermediador e destaca que a Prefeitura oferta cursos para promover capacitação.

Porém, para a coordenadora da Agência do Trabalhador, Kelyn Kris Gonçalves, o principal motivo para esta queda na procura pelas vagas não é esta falta de qualificação. “O registro inferior de inscritos em 2020, no comparativo com o mesmo período do ano passado, é resultado direto da pandemia. Desde março, com as medidas sanitárias, um número menor de pessoas foi até a Agência do Trabalhador”, afirma, ponderando que a quantidade de inscritos vem subindo mês a mês – em julho foram 310, em agosto 345 e em setembro 380.

Kelyn também lembra que, após o cadastro presencial, não é preciso ir até o órgão para se inscrever nas oportunidades de emprego. “Já é possível ver uma maior aceitação das pessoas com o aplicativo Sine Fácil, que pode ser utilizado sem a necessidade de sair de casa”, diz a coordenadora.

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