A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) informou, na tarde desta quarta-feira (9), que os recursos inicialmente previstos para investimento ao longo de 2019 tiveram um contingenciamento de 20%. Com isso, cerca de R$ 70 milhões podem deixar de ser aplicados pela instituição de ensino. O vice-reitor da UEPG, professor Everson Krum, informou que isso pode significar medidas estratégicas de contenção de gastos. Caso os repasses se mantenham reduzidos ao longo do ano, pode ser necessário adiar a abertura do curso de nutrição, por exemplo.
“O curso tem vestibular previsto para este ano, e início das aulas para 2020. Mas para isso é necessária a disponibilidade de recursos”, explicou. Outros R$ 7,5 milhões também deixam de vir para o Hospital Universitário, o que pode levar a ajustes no atendimento ao longo do ano, embora de imediato não esteja prevista nenhuma mudança no serviços.
Segundo Krum, o contingenciamento de recursos já era esperado, já que trata-se de ferramentas usadas pela gestão pública, especialmente com o início de nova equipe de governo.
Cortes
Os cortes não ocorreram somente em Ponta Grossa e atingiram todas as universidades estaduais. Na realidade, trata-se apenas de um dos aspectos decorrentes do decreto 0053 assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, e publicado em diário oficial no último dia 7. Pelo documento, fica estabelecido o contingenciamento de 20% do total do orçamento fiscal do poder executivo do Estado do Paraná, o que interfere em praticamente todos os setores. Ainda não está definido como será a normalização dos repasses.