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Clima de incerteza envolve preparação do Operário

Foto de Arquivo: OFEC

A classificação para a segunda fase da Copa do Brasil foi comemorada. Mas o que toma conta do Operário Ferroviário após a vitória no Maranhão é a incerteza sobre a continuidade de preparação para as competições que estão em andamento: Paranaense e Copa do Brasil. Tanto a Federação Paranaense quanto a Confederação Brasileira não deram indicativos de paralisação nos torneios, o que pode deixar o Fantasma em desvantagem em relação a adversários do próprio estado.

Cada cidade está tomando as medidas por conta própria neste momento. Em Ponta Grossa, com o novo decreto restritivo em vigência até 29 de março, a equipe alvinegra, na teoria, não pode treinar no Germano Krüger e no CT. O primeiro pela suspensão de atividades em clubes; o segundo pela proibição em espaços públicos. O Centro de Treinamento fica dentro da UEPG.

Em Curitiba, por exemplo, onde há ‘lockdown’, o Athletico parou de treinar. O Coritiba treinou normalmente até quarta-feira (17), mas a Justiça de Colombo, onde fica o CT do Coxa, exige que o município da Região Metropolitana siga o decreto da capital. Já em Quatro Barras, onde está o CT do Paraná Clube, as atividades estão liberadas.

De forma geral, as demais cidades do interior que possuem representantes na elite do Campeonato Paranaense também estão liberando os treinos dos clubes. Ou seja, o cenário atual deixaria o Operário em desvantagem na preparação.

A situação irrita o técnico Matheus Costa. “É uma boa pergunta. Sinceramente não sei responder. Precisamos de reuniões com o departamento de futebol para analisarmos a possibilidade de disputar jogos ou de paralisação total. Preparamos muito para passar de fase na Copa do Brasil. Agora é uma decisão conjunta seguindo todos os protocolos”, disse o treinador quando questionado sobre o planejamento para a sequência da temporada.

“Existe uma preocupação imensa com os treinamentos. Estamos sem jogos e nossos adversários estão treinando. É difícil tudo o que aconteceu conosco. Se só nós paralisarmos, é uma situação muito complicada, pois precisamos dar um retorno de resultados ao nosso torcedor. Não quero usar como muleta, mas eu não consegui preparar minha equipe do jeito que queria para a partida com o Juventude (MA)”, acrescentou.

A reportagem entrou em contato com dirigentes do Fantasma. Eles dizem trabalhar para obter alguma liberação por parte da Prefeitura de Ponta Grossa. O objetivo, já que os organizadores não param os campeonatos, é não deixar o clube para trás em termos de preparação. Uma hipótese, caso não exista liberação no município, é encontrar espaço para treinos em outra cidade da região.

2ª fase

Enquanto não tem jogos agendados pelo Campeonato Paranaense, o Operário pode voltar a campo somente pela Copa do Brasil no próximo mês. De acordo com o calendário da CBF, as datas reservadas para a segunda fase são os dias 7 e 14 de abril.

Contratempo

Como se não bastasse a incerteza de treinos, o Fantasma enfrentou no Maranhão uma dificuldade de logística em cima da hora. O voo de volta foi cancelado. Assim, a delegação alvinegra precisou sair do estádio em São Mateus do Maranhão e viajar de ônibus por 250 km até Teresina, no Piauí.

Foi de lá que o elenco embarcou às 3h55 da manhã nesta quinta-feira (18), chegando em Ponta Grossa apenas no início da tarde.

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