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Chuvas intensas reforçam aumento dos cuidados com a dengue em PG

Os cuidados com o Aedes aegypti devem ser redobrados em decorrência das fortes chuvas das últimas semanas. Moradores precisam ficar atentos com o maior acúmulo de água parada em recipientes como, vasos de plantas, por exemplo.

O mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya utiliza focos de água parada para se reproduzir. Portanto, é necessária a vistoria constante de quintais das residências, empresas e outros locais para eliminar qualquer acúmulo de água que possa facilitar o desenvolvimento do vetor.

De agosto de 2017 até a terça-feira (16), foram confirmados 385 casos da doença no Paraná. No mesmo período, foram registrados sete casos de chikungunya e nenhum de zika. Desde o início de 2017, também não foi registrada nenhuma morte pelas doenças no Paraná.

Em Ponta Grossa, de acordo com dados da Gerência e Controle de Zoonoses da Prefeitura, não foi registrado nenhum caso de dengue no município no ano passado. Já em 2016, 52 casos foram confirmados da doença, sendo 28 importados (pacientes infectados em outras cidades) e 24 casos autóctones (infectados no próprio município).  

De acordo com o médico veterinário e responsável pelo setor de Zoonoses de Ponta Grossa, Leandro Monteiro Inglês, esta redução se deve, principalmente, por conta da intensificação dos trabalhos educativos e de orientação para toda a população.

"Os agentes de endemias realizam vistorias nas residências durante o ano todo, eliminando todos os possíveis focos da dengue. São no total 60 agentes que percorrem vários bairros da cidade e a previsão é de que sejam contratados mais profissionais neste ano, via processo seletivo", explica Inglês.

Aliado ao trabalho de prevenção, o profissional ressalta que as pessoas acabam prevenindo-se mais após presenciar casos da doença em pessoas conhecidas, por exemplo. "Quando ocorrem casos 'reais', a população fica com medo e acaba tomando mais cuidados", comenta.  

Mesmo que o município possa comemorar a redução dos casos de dengue, ainda é necessário intensificar os cuidados. "Agora com o aumento do índice de chuvas e as altas temperaturas, é preciso retirar todo e qualquer objeto que possa conter as larvas do mosquito", alerta Leandro.  

Fiscalização

O setor de Zoonoses conta com um mapeamento do município para que os agentes realizem vistorias em todas as casas da cidade. Segundo o agente de endemias, Laidi de Oliveira, o objetivo principal, além das orientações, é procurar locais que possam conter as larvas do mosquito. "Caso tenham focos, nós utilizamos um produto para eliminar as larvas. Se o mosquito for encontrado, por exemplo, nós encaminhamos o inseto para o setor de Zoonoses da Prefeitura para análise", explica.

O morador Oslito Romão Pedrozo lembra dos cuidados que procura ter em casa. "Usamos muito inseticida para matar os mosquitos e sempre estamos jogando fora a água que fica acumulada nos vasos", destacou.

Agentes de endemias visitam as casas para eliminar focos do mosquito. (Foto: José Aldinan)

 

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