As chuvas verificadas entre 1º e 9 de junho foram praticamente no mesmo volume das chuvas ocorridas entre 22 e 23 de maio. Naquela ocasião, os quase 40 milímetros de chuva serviram para afastar a possibilidade de racionamento de água pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) por 20 dias. Segundo a concessionária, na represa de Alagados houve neste mês um aumento na lâmina d’água de aproximadamente 40 centímetros, e o volume útil foi elevado para 36%, afastando a necessidade de racionamento em, pelo menos, 30 dias.
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registrou 39,6 milímetros de chuva desde o início do mês de junho em Ponta Grossa. O número é um alento para o município, que vive a maior seca dos últimos 23 anos no Paraná. Mas, por enquanto, acabou. O site do Simepar sugere que não deve haver nova chuva pelos próximos 14 dias. O cenário pode se manter assim, ou pode mudar com o vento, explica o meteorologista Fernando Mendonça Mendes.
“Com o déficit hídrico que estamos vivendo, qualquer chuva a partir de agora é bem vinda. Mas nossa especialidade é do chão para cima. Como meteorologistas, não temos muito claro quais são os efeitos do volume registrado até agora. Muitas vezes, para a agricultura, o que não choveu no passado não se recupera na lavoura”, exemplifica.
Ele acrescenta que o volume médio de chuva para o mês de junho é de 105 milímetros. O índice pluviométrico deste começo de mês pode indicar que ainda há esperança de atingir essa meta, como também pode se manter só nisso.