ATUALIZADA – 7 DE AGOSTO – 14h08
O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu na quarta-feira (7), 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Campo Largo, Cascavel e Castro. O trabalho integrou a sexta fase da Operação Quadro Negro, que apura desvios de dinheiro público em obras de construção e ampliação de escolas.
Esta etapa da Quadro Negro envolveu 22 empresas que mantiveram contratos com o Estado. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 9ª Vara Criminal de Curitiba, a pedido do MPPR. As buscas foram feitas nas residências de 29 empresários e de dois ex-servidores públicos (três casas). Também foram apreendidos celulares, computadores, documentos e valores. Todo material será agora analisado.
Castro
De acordo com o promotor Leonir Batisti, coordenador-geral do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná (Gaeco), em Castro, foi cumprido mandado de busca e apreensão em uma empresa suspeita de oferecer propina para servidores públicos em troca de oferecer merenda escolar para o Estado.
"Nesta empresa foram recolhidos documentos e celulares que possam encontrar as informações que foram apontadas na investigação", disse Batisti.
Operação
Iniciada em agosto de 2015, a Operação Quadro Negro trata de um grande caso de corrupção ativa, peculato e desvios de verbas públicas ocorridos no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seed), especificamente por meio da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), entre os anos de 2012 e 2015.
"O objetivo da Quadro Negro é buscar elementos que confirmem a suspeita de que as principais construtoras, responsáveis por obras de escolas, tenham feito contratos com o Estado e executados apenas uma parte das construções. Elas ainda teriam recebido pagamentos bem maiores que o acordo firmado sobre a forma de aditivos de contratos", destacou o promotor.