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Após seis anos, Paraná retoma obras de escola estadual em Ponta Grossa

Após cerca de seis anos paradas, as obras na Escola Estadual Francisco Pires Machado, localizada em Ponta Grossa, no Paraná, foram retomadas e o espaço deve ser finalmente entregue para uso no início do próximo ano, conforme prazo inicialmente estabelecido em contrato. A conclusão da obra, realizada no bairro Cará-Cará, está a cargo da empresa Varpec Engenharia, com investimento de R$ 1.879.752,67.

De acordo com a chefe do Núcleo Regional de Educação, Luciana Aquiles Sleutjes, a obra da Francisco Pires foi interrompida por pelo menos três vezes, por vários motivos. Uma vez entregue, a estrutura atenderá mais de 400 estudantes da rede pública que atualmente utilizam espaço emprestado pela prefeitura na Escola Municipal Deodoro Alves Quintiliano. “Será uma escola com potencial para acolher mais estudantes da região. Muitos alunos saem do bairro e vão para outras escolas mais distantes devido à dificuldade de cursar o ensino médio, que no momento só é ofertado à noite, por falta de espaço adequado”, explica Luciana.

Ela acredita que existe a tendência a aumentar o número de alunos atendidos no próprio bairro, e que o término da obra também será ponto forte para o desenvolvimento da localidade. A oferta das novas salas de aula também pode oferecer oportunidade de instalação de cursos técnicos e subsequentes a médio prazo, comenta a chefe do núcleo.

 

Estrutura

A obra era, inicialmente, de responsabilidade da empresa Valor, uma das que abandonou o serviço e citada na Operação Quadro Negro que apontou irregularidades em obras de escolas no estado. Inicialmente, ela deveria ter sido entregue até 2015. Cerca de 40% da estrutura chegou a ser executada até que a empresa abandonou a obra. Nos anos seguintes, houve tentativas de licitações que não foram concretizadas em forma de serviço até este ano, quando a obra se tornou realidade, por meio de licitação realizada em 2019, em pacote de obras de aproximadamente R$ 36 milhões em escolas estaduais.

 

Quadro Negro

Iniciada em agosto de 2015, a operação é descrita pelo Ministério Público do Paraná como “um grande caso de corrupção ativa, peculato e desvios de verbas públicas ocorridos no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seed), (…) entre os anos de 2012 e 2015”. As investigações demonstraram o conluio entre agentes públicos e privados para fraudar laudos de medições e viabilizar o pagamento antecipado de obras de construção, reforma ou ampliação de escolas sem a real execução das obras contratadas.

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