em

Candidatos à prefeitura de Ponta Grossa apontam diferentes estratégias para diminuir filas na saúde

Filas para exames e consultas em diversas especialidades aumentaram por conta da pandemia e serão desafio para próximo prefeito(a)

(Foto: Reprodução)

O Diário dos Campos e dcmais fizeram um levantamento das principais propostas dos candidatos à prefeitura de Ponta Grossa para a área de saúde, com base nos programas de governo cadastrados no sistema DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelos candidatos Mabel Canto (PSC), Marcio Pauliki (SD), Professora Elizabeth (PSD), Professor Edson (PT) e Professor Gadini (PSOL).

No plano de governo de Mabel Canto, entre as propostas para o setor está a implantação de Policlínicas da Família com equipamentos e equipe multiprofissional. A candidata a prefeita quer realizar mutirões para a realização de cirurgia eletivas e que vai zerar a fila de espera de gestante por ultrassom – que hoje passa de 1,6 mil mulheres – nos primeiros três meses de mandato. No plano de governo de Marcio Pauliki, são apresentadas 15 propostas específicas para o setor, que incluem a ampliação do Instituto do Câncer; credenciamento de médicos especialistas, em parceria com clínicas particulares, para atendimento.

O plano de governo da candidata Professora Elizabeth, por sua vez, cita a implantação de um ambulatório médico de especialidades, com seis novos centros cirúrgicos; além da construção de operação de mais quatro unidades de saúde nos bairros. Entre as principais propostas do candidato Professor Edson para o setor estão a implantação do programa de telemedicina; ampliação das equipes de saúde e dos horários de atendimento dos Centros Regionais de Especialidades. Por fim, o plano de governo do candidato Professor Gadini, inclui a recomposição de recursos humanos na área de saúde, por meio de um cronograma de concurso público; reabertura de postos desativados e criação de novas unidades básicas de saúde.

O dcmais e Diário dos Campos também questionaram os candidatos à prefeitura especificamente sobre as ações para diminuir a fila de espera para exames e consultas em especialidades, problema histórico e que se agravou neste ano por conta da pandemia do novo coronavírus, que mudou a rotina de atendimento à saúde. Veja o que dizem os candidatos:

DC – O que o(a) candidato(a) pretende fazer para diminuir a fila para exames e consultas com especialistas, mais especificamente em relação, por exemplo, a exames como ultrassonografia obstétrica, que conta com 1.637 pacientes na fila de espera e consultas em algumas especialidades como dermatologia e oftalmologia, que contam com mais de 4 mil pacientes na filaem cada uma das especialidades, conforme dados do site da Prefeitura, referentes ao dia 14 de outubro?

Mabel Canto – “Vamos zerar em três meses as filas do ultrassom obstétrico e morfológico. No início do próximo ano ainda estaremos vivendo sob a pandemia e assim precisamos realizar um planejamento para que essas filas não sejam mais represadas. O número de ultrassons, por exemplo, em janeiro estará maior e para zerar a fila e reorganizar o sistema, teremos que estabelecer critérios. Todas as unidades de saúde têm suas gestantes cadastradas e por grau de risco. Essas gestantes entrarão numa fila de prioridade. Nenhuma deixará de fazer, mas será estabelecido um critério.

Em relação a oftalmo, muitos pacientes precisam de uma consulta para ver que tipo de óculos precisa usar, por exemplo. Mas nesta fila podem ter pacientes com outras doenças e que precisam ser priorizados. Cada UBS poderá criar uma fila e estratificar por grau de risco para atender primeiro os que mais necessitam. Com as outras especialidades, usaríamos o mesmo princípio. Para equacionar essas questões é preciso fazer um bom diagnóstico das necessidades e um planejamento garantindo que os pacientes de maior risco tenham prioridade”.

Professor Edson – “Temos consciência do estrago que a pandemia trouxe, acumulando os procedimentos eletivos não emergenciais. Para resolver isso só há uma solução, trabalhar em mutirão usando todos os recursos para normalizar o sistema em termos de fluxo de atendimento. Além dessa emergência, temos que reorganizar todo o sistema incorporando mais a UEPG no processo de saúde pública em Ponta Grossa e implantando no Município todas as novas tecnologias que temos, inclusive a telemedicina.

É importante destacar que a telemedicina não vai substituir o atendimento presencial e humanizado, mas complementar esse atendimento acompanhando inclusive com médicos plantonistas em telemedicina as ação das agentes comunitárias de saúde. Telemedicina, prontuário eletrônico e outros recursos tecnológicos como inteligência artificial vão aumentar a nossa capacidade de planejamento, economizar recursos e aumentar a eficiência do sistema. Mas todos esses recursos de tecnologia não substituem a necessidade da presença do médico no posto de saúde na atenção básica”.

Professora Elizabeth – “A demanda pelos exames de ultrassom, que hoje tem uma fila de espera de gestantes, será resolvida já nas próximas semanas. A demanda normal das gestantes, que realizam acompanhamento trimestral, resulta na realização de, em média, 600 exames por mês. Para atender as gestantes que aguardam ultrassom, o Município está finalizando nesta semana o credenciamento com clínicas para a realização deste exame. Após credenciadas, as clínicas devem iniciar os agendamentos já na próxima semana, dando vazão a essa demanda e reduzindo essa espera já nos próximos dias.

Para suprir a necessidade da nossa população na área das especialidades, que é um serviço ofertado pela rede estadual de Saúde, nosso projeto é garantir a instalação de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) na estrutura do Hospital Municipal, com seis centros cirúrgicos e capacidade para atender a 100 mil consultas por ano e, entre outros serviços, realizar até 1.300 cirurgias por mês”.

Marcio Pauliki – “É essencial melhorar e ampliar o atendimento para os ponta-grossenses, reduzindo as filas por especialidades médicas, para consultas e exames. Para solucionar isso, pretendemos criar um Plano de Saúde Municipal Gratuito. O projeto será executado através da parceria com hospitais e clínicas particulares, com isso aumentando o número de atendimentos a toda população. Nosso intuito é que a média complexidade fique por responsabilidade do Estado, economizando um valor significativo, para que assim a cidade possa ter o Plano Municipal de Saúde Gratuito.

Vamos propor uma parceria com os hospitais, para que eles possam oferecer novos serviços laboratoriais de exames e de consultas ligadas as especialidades como cardiologia, endocrinologia, oftalmologia, ortopedia e pediatria, entre outros. Aliás, através da nossa proposta Corujão da Saúde, muitos exames podem ser feitos até a noite”.

Professor Gadini – “Vamos definir, em diálogo com profissionais do quadro de carreira, um plano de recomposição de recursos humanos, através de um cronograma de concurso público e contratação, para garantir atendimento na saúde básica e nas especialidades médicas mais procuradas por moradores. Vamos reestruturar o Centro Municipal de Especialidades, ampliar a oferta de consultas, com equipamentos necessários e a contratação de profissionais por concurso público nas principais demandas médicas, a partir de um planejamento com servidores da área, Conselho de Saúde (CMS) e usuários do SUS.

Acabar, gradualmente, com a terceirização para assegurar condições de trabalho e atendimento à população, bem como fortalecer os programas de saúde da família, as ações preventivas e a qualidade de vida da população. O que o Município não conseguir atender pelo SUS, vamos ampliar parcerias com hospitais conveniados e buscar soluções em nível regional. Vamos sugerir ampliação do número de vagas no curso de Medicina da UEPG, na mesma proporção já existente nas demais universidades estaduais do Paraná”.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.