Nesta semana a região de Ponta Grossa registrou uma queda considerável nas temperaturas, reafirmando a chegada do outono. Normalmente, isso fiz reduzir os estoques de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), porque inibe a presença de doadores, mesmo aqueles que costumam fazer doação com frequência. Mas, em Ponta Grossa, acabou ocorrendo o oposto.
Uma campanha disseminada pelas redes sociais ocasionou um aumento na presença de doadores. Um acidente de trânsito ocorrido na madrugada do último domingo (25), na Avenida Visconde de Mauá, deixou um rapaz gravemente ferido nos braços e nas pernas. Para ajudá-lo, amigos e familiares deram origem à campanha, incentivando a população a fazer a doação de sangue de qualquer tipo, o que provocou uma corrida pelo serviço do Hemepar na cidade.
Segundo a diretora da se em Ponta Grossa, Márcia Barbosa Machado, ao longo os últimos dias a média de doadores tem sido de 100 pessoas por dia, quando o normal para dias mais frios seriam 50. Nessa terça-feira, a distribuição de senhas terminou às 14h30, em um local onde o expediente vai até as 16 horas.
“A comoção sobre esse acidente foi bem grande, porque envolveu a amputação de perna e mão do rapaz. Há cerca de três dias temos tantos doadores, que nem conseguimos atender todo mundo. Temos uma cota de atendimento diário e, como nem temos lugar para todos se sentarem, houve momentos em que tivemos que pedir aos doadores para voltarem outro dia”, comenta Márcia.
Ela explica que isso irá ajudar a manter os estoques equilibrados durante o feriado prolongado de Páscoa, mas lembra que, passado esse período, é importante que as os doadores retornem. “Precisamos de doadores frequentes, não todos em um dia só. Até porque o sangue tem um período máximo para ficar guardado, que varia de 35 a 42 dias”, explica.
.JPG)