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Caminhava para o almoço quando vi um flagrante de furto e luta corporal

Suposto ladrão de peças de cobre foi dominado e amarrado com fio. Mulher que estava com ele logo sumiu

Como faço quase todo santo dia, nesta véspera do equinócio de primavera (21/9/2021) caminhava para almoçar na padaria aqui perto do centenário Diário dos Campos, no Jardim Carvalho, quando no meio do caminho notei, estranhei e suspeitei de um homem dentro de uma área privada, onde fica uma torre de telefonia celular na Rua Eusébio Batista Rosas.

Ah! Estou em Ponta Grossa.

Do lado de fora, na calçada, havia uma mulher sentada no chão encostada na cerca do terreno das antenas.

Ele curvou a cabeça para o lado oposto ao meu quando percebeu que havia sido visto onde não poderia estar. Fixei na mulher e ela olhou para o chão.

Com fome, atravessei a rua fora da faixa e segui meu caminho.

Movimento na rua

Havia acabado de montar o prato no self-service quando percebi uma movimentação anormal na rua ao lado da padaria. Curioso, fui espiar.

O homem de comportamento suspeito, de cerca de 30 anos, estava sendo dominado por um trabalhador uniformizado de azul.

Soube em seguida que ele e a equipe estavam reformando o prédio onde até recentemente funcionava uma academia de ginástica, na esquina da Rua Coronel Francisco Ribas, vizinho da torre de antenas.

Ironicamente, o homem que supostamente furtava cabos de cobre foi amarrado com um fio de metal emborrachado, com a cara no chão, mãos nas costas e perna direita dobrada pra trás.

Mochila do suspeito estava cheia de cabos e peças de metal

Socorro polícia

Forças da segurança pública foram acionadas.

Cerca de 20 ou 30 minutos depois chegou uma viatura da Guarda Municipal. Nesse meio tempo, curiosos passaram, olharam, bisbilhotaram, comentaram e até xingaram o homem imobilizado. Nesse momento senti pena do coitado.

A equipe do trabalhador que dominou o suposto ladrão de metais pegou os marmitex e foi almoçar na obra. Mas ele, o protagonista, ficou ali, aguardando a lei e guardando a ‘presa’.

Até onde sei, dar voz de prisão em flagrante delito é um direito de todo cidadão. Ou não?

E ele contou o que viu e fez para os guardas municipais. Depois mostrou a mochila do sujeito suspeito, cheia de grossos cabos de cobre, que teriam sido furtados minutos antes.

A mulher que estava sentada na calçada e acompanhou parte do desenrolar da história, quando viu a viatura sumiu.

Guarda Municipal troca por algema os fios que foram usados para imobilizar o suspeito

E depois?

Ai vem o porém que me fez pensar…

O trabalhador que foi para o corpo a corpo com o suposto ladrão se viu obrigado a se dirigir até a 13ª SDP para registrar o boletim de ocorrência, caso contrário, disseram os guardas municipais, eles teriam que soltar o homem com a mochila cheia de cobre, que cá entre nós, costuma virar droga.

Então, de que valera ser cidadão?

Lhe restou comprar um lanche na padaria e acompanhar a equipe policial até a delegacia de polícia. Não sei quanto tempo mais ficou por lá…

Mas retornado ao jornal parei para ver se tinha alguma coisa errada na estação de rádio base.

Sim, havia cabos soltos exatamente no local onde o suposto ladrão estava quando botei reparo e caminhava para o almoço interrompido.

Torre onde os metais teriam sido furtados e onde estava o suspeito quando caminhava para o almoço

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