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Câmara vai analisar pedido de cassação de Felipe Passos

Vereador Felipe Passos. Foto: Divulgação / CMPG / Arquivo

O presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, vereador Daniel Milla (PSD), leu no início da sessão ordinária desta segunda-feira (31), pedido protocolado no fim da tarde de sexta-feira (28) à Mesa Executiva pelos vereadores Geraldo Stocco (PSB) e Josi do Coletivo (PSOL) em que pede cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar do vereador Felipe Passos (PSDB).

Na última semana, a justiça determinou o bloqueio de R$ 50 mil em bens do vereador Felipe Passos (PSDB). A decisão atende pedido do Ministério Público, que ajuizou ação civil pública em que investiga Passos, no segundo mandato de vereador, por suposta prática de rachadinha, além de assédio moral e sexual. Passos agora tem prazo para apresentar defesa.

Segundo Milla, por orientação do departamento jurídico, na sessão de quarta-feira (2) os vereadores vão votar se acatam a denúncia e se uma comissão parlamentar de inquérito (CPP) será instaurada para apurar a denúncia. Neste caso, estão impedidos de votar os vereadores Felipe Passos, Josi do Coletivo e Geraldo Stocco. Os suplentes dos três vereadores serão convocados para votar – são eles Maurício Silva (PSDB), Hadassa Ojea (PSOL) e Professor Careca (PSB). “Por conta do horário que o pedido foi protocolado não houve tempo hábil para convocação para a sessão desta segunda. Então faremos a convocação dos suplentes para a sessão de quarta, quando haverá a votação”, aponta Milla.

Clima pesado

pedido de cassação lido por Milla deixou o clima ficou pesado na Câmara. Após a leitura do pedido, o vereador Felipe Passos pediu para que os vereadores não façam um prejulgamento da situação. “Estou fazendo a defesa fora da Câmara. Quantas denúncias já recebemos nesta Casa de Leis e no final a gente acaba vendo que é falso? Terei tempo de me defender perante a justiça e provar”, aponta, ressaltando que situações envolvendo a vereadora Josi do Coletivo já teriam chegado até ele. Da mesma forma, citou que há algum tempo Stocco, “embriagado”, teria batido o carro em um poste, e que nada foi feito contra ele. Josi do Coletivo e Stocco rebateram as acusações e pediram que o pronunciamento de Passos fosse incluído, na íntegra, na ata da sessão.

Ao usar a tribuna, Stocco afirmou que fez denúncia contra Passos porque que “como representante da cidade de Ponta Grossa, não podemos ver isso acontecendo dentro da Casa de Leis e não fazer nada”.

Ele também rebateu a afirmação feita por Passos sobre seu envolvimento em um acidente de trânsito. “Dia 15 de agosto de 2017 eu bati o carro. Estava voltando de Uvaranas, dormi e bati o carro. Foi uma semana muito difícil, na Câmara, na faculdade. Bati num poste, mas graças a Deus não acertei ninguém. Duas viaturas policiais atenderam a ocorrência, os policiais fizeram etilômetro e deu negativo, porque eu não tinha bebido”, afirmou, citando o nome dos policiais envolvidos na ocorrência. “Agora, políticos mal intencionados usam isso para manchar o meu nome. Está aqui o boletim de ocorrência. Fale o nome do deputado e do delegado que o senhor afirma que limparam minha ficha porque eu tinha bebido”, falou Stocco, se dirigindo a Passos.

Leia mais: Defesa destaca inocência de vereador Felipe Passos em ação

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