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Câmara de Ponta Grossa aprova CPP para cassação de Cieslak

Celso Cieslak (PRTB). Foto: Arquivo/CMPG.

A Câmara Municipal de Ponta Grossa aprovou nesta quarta-feira (30) o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar Processante, para cassação do mandato de Celso Cieslak. O pedido da CPP para cassação de Cieslak foi protocolado na terça-feira (29), pelo vereador Sargento Guiarone (PRTB).

CPP para cassação de Celso Cieslak

O advogado de Cieslak, Alexandre Buhrer, esteve na Sessão Ordinária desta quarta, na Câmara, e solicitou a palavra para explicar o posicionamento da defesa. Segundo Buhrer, a denúncia “é desprovida de uma sequer prova concreta”, e os argumentos apresentados se baseiam na especulação do que foi dito na investigação e no que foi noticiado pela imprensa. O advogado reiterou que a CPP contraria uma decisão do povo de Ponta Grossa, que elegeu Cieslak democraticamente.

Manifestações do plenário

O vereador Geraldo Stocco (PV), envolvido na denúncia por alegar ter sido vítima de tentativa de suborno do vereador afastado, durante as investigações da CPI da Saúde em PG, defendeu a abertura da CPP. “Quero pedir para que aceitem o pedido do vereador Guiarone, afinal muito foi falado sobre ampla defesa e, como advogado que sou, defendo que ninguém seja julgado sem que antes o processo aconteça. E é importante que a Câmara possa fazer parte disso”, comentou.

Outro parlamentar a se manifestar a favor da abertura da CPP foi o Professor Careca (PSB). “Quem não deve não teme. Voto conforme o povo anseia e o povo merece a situação às claras”, declarou. “Não estamos julgando a pessoa do vereador Celso, estamos nos posicionando à favor da investigação. A dúvida não pode pairar no ar”, acrescentou.

A vereadora Joce Canto (PSC) também justificou seu voto à favor da abertura da CPP, para “dar direito à ampla defesa, ao contraditório e, havendo provas, para que sejam tomadas as devidas providências”. “Existem pessoas com foro privilegiado que merecem ser investigadas, e a partir da abertura de uma CPP como essa, quem sabe outras pessoas também possam ser investigadas”, complementou.

O vereador Paulo Balansin (PSD) usou de sua palavra para relembrar outros casos recentes de vereadores afastados por investigação e citou o caso de Valtão, que assumiu a cadeira de Cieslak. “Temos que cuidar quando um parlamentar é eleito pelo povo e nós vereadores, por questões particulares, pedimos para cassar o seu mandato”, argumentou.

O vereador Izaias Salustiano também se pronunciou em defesa do esclarecimento dos fatos. “Um vereador desta Casa alegou ter sofrido tentativa de suborno, conforme consta na denúncia. Me preocupa a imagem da Câmara diante desse caso. Não estou dizendo que sou a favor ou contra a cassação, mas acredito que a situação deve ser esclarecida”, expressou.

O pedido de abertura da CPP para cassação de Cieslak foi lido na íntegra pela Mesa Diretora e votado em plenário. A abertura da CPP foi aprovada com 10 votos favoráveis, 4 votos contrários e 1 abstenção.

Pedido de cassação

O vereador Sargento Guiarone (PRTB) pediu, na terça-feira (29), a cassação do mandato de Celso Cieslak, afastado pela Justiça após ter sido citado na Operação Pactum do Ministério Público (MP) e do Gaeco do Paraná. O Jornal Diário dos Campos e Portal DCmais entrou em contato com o vereador Guiarone, que alegou quebra de decoro parlamentar do vereador afastado, que está, conforme Guiarone, sendo investigado por “usar de suas funções para obter vantagem ilícita em seu favor ou em favor de outrem”. Segundo o parlamentar, a CPP está baseada em lei orgânica do Município e nos autos da Operação Pactum e do Gaeco.

Defesa de Cieslak

O DC também entrou em contato com a defesa do vereador Celso Cieslak, que alegou que o pedido de cassação protocolado na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa não tem base legal. A defesa ainda ressalta que o pedido de cassação é precipitado já que as investigações ainda não terminaram. “Ficamos sabendo desse pedido pela mídia, já que ainda não fomos notificados oficialmente. Parece que o vereador que protocolou isso quer ganhar o mandato na base do ‘tapetão’”, comenta Buhrer.

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