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Caem casos de violência contra crianças após volta às aulas em PG

Secretária também apresentou tabelas que apontam dificuldades dos alunos no aprendizado remoto (Foto: Fábio Matavelli)

Em defesa do retorno das aulas presenciais, a secretária municipal de Educação, Simone do Rocio Pereira Neves, apresentou nesta semana aos vereadores de Ponta Grossa algumas estatísticas coletadas junto aos três conselhos tutelares da cidade. Os dados, segundo ela, sugerem que em casa as crianças sofrem um risco maior de abuso sexual e de violência.

Para expor essa teoria, a secretária mostrou números comparativos que levaram em consideração os meses de março, abril e maio dos últimos três anos. De acordo com a secretária, a escolha dos três meses ocorre devido ao retorno das aulas presenciais ter ocorrido em maio deste ano.

Em março de 2019 foram 20 casos de violência sexual, mesmo número verificado em março de 2020, quando as notícias sobre a pandemia estavam começando. Em março de 2021, com as crianças fora da escola, o número saltou para 35. Um aumento de 75%. Já em maio deste ano, quando houve o retorno às escolas, o número caiu para 13 casos no mês, ficando abaixo até mesmo que em maio de 2019, quando foram 17 casos.

Volta às aulas

Para Simone, mesmo com o retorno parcial e segmentado dos alunos, os resultados se observam nas estatísticas. Efetivamente, a Secretaria Municipal de Educação (SME) está com 30% a 40% dos alunos tendo aulas presenciais, metade desses em sala de aula a cada semana.

Os casos de violência física contra crianças também apresentaram aumento de março de 2019 para março de 2021, indo de 26 para 41 casos. Em maio deste ano, foram 12 casos verificados, o menor número nos três meses pesquisados. “Esses números demonstram que o abusador tem medo da escola”, disse a secretária.

Psicológico

Os casos de violência psicológica também apresentaram queda. Em maio deste ano foram 10 registros. Em abri leram 54 e em março deste ano eram 71. De acordo com os dados disponibilizados pela SME, o avanço da pandemia parece ter consolidado um aumento no número de casos de violência contra os jovens, que se reflete especialmente neste ano, e que tem tendência à redução com a volta das aulas presenciais.

Sem equipamentos

A secretária também destacou uma dificuldade apresentada em relação ao repasse de conteúdos didáticos aos alunos em suas casas. Levantamento feito pela SME apontou que 1.354 dos 20.465 alunos não têm acesso às mídias no ensino fundamental (TV, computador, celular). O equivalente a 6,61%. No ensino infantil, 347 dos 4.208 não têm os equipamentos necessários para o aprendizado remoto, ou 8,24%.

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