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Burocracia atrasa perícia em eletrônicos apreendidos

Não é raro que prisões realizadas pelas forças policiais resultem na apreensão de equipamentos eletrônicos. Esses celulares e computadores podem ser fundamentais para a prisão de novos suspeitos e desarticulação de grupos criminosos. No entanto, a fila para que esses equipamentos sejam analisados acaba gerando uma demora que prejudica as investigações.

O delegado-chefe da 13ª SDP, Nagib Palma, confirma. “Por questões logísticas e por exigências legais, a entrega dos laudos acaba demorando demais. Em alguns casos, a resposta vem após um ano”, diz.

A 13ª SDP, com sede em Ponta Grossa, atende a outros 18 municípios. De todos eles vêm esses equipamentos, que acabam sendo guardados na delegacia até que formem um volume considerável que justifique a logística para o transporte a Curitiba. Além da capital, apenas Londrina possui um laboratório com peritos que realizam a análise de dados em equipamentos eletrônicos recolhidos em todo o estado, e compõem a chamada Seção de Computação Forense da Polícia Civil no Paraná.

Outro agente complicador é que, em todo o estado, as delegacias aguardam a formação de um volume de materiais, para então despachar os eletrônicos de uma vez só para a capital, o que costuma levar duas a três semanas.

 

Números divergentes

Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Oficias e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), Alexandre Brondani, informou à reportagem, no final do ano passado mais de 19 mil materiais de computação estariam aguardando perícia. A assessoria de imprensa da Sesp contesta essa informação, e diz que a maior parte das perícias vem sendo realizada. A secretaria afirma que a seção responsável recebeu, somente da 13ª SDP, 1.087 requisições nos últimos cinco anos, das quais 890 foram finalizadas. O volume corresponde a 7% do total de requisições no estado.

 

Fila de atendimento

No entanto, a página oficial da Sesp confirma que “a capacidade operacional da Seção de Computação Forense do Instituto de Criminalística (…) não permite que todas as requisições de exame pericial com prioridade legal sejam atendidas simultaneamente e de forma imediata. Como a demanda é significativamente maior do que a capacidade operacional da Seção, a única alternativa encontrada para o atendimento justo e razoável dos pedidos de exame pericial foi a criação de uma Fila de Atendimento a requisições de exames periciais”.

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