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Entidade pede adiamento em reajuste na tarifa de ônibus

A Associação dos Usuários do Transporte Coletivo de Ponta Grossa (Autrans) publicou, no final da tarde dessa terça-feira (6), um manifesto no qual se posiciona contrária ao reajuste na tarifa de ônibus em Ponta Grossa. A manifestação ocorre um dia antes da reunião dos integrantes do Conselho Municipal dos Transportes (CMT), que pode apontar qual seria o novo valor do transporte público, após análise dos documentos encaminhados pela Viação Campos Gerais (VCG) exigidos para proceder ao reajuste.

O documento é assinado pelo presidente da Autrans, Luiz Carlos Gorchinski, que reconhece o direito da empresa em solicitar o aumento, mas considera as circunstâncias atuais inadequadas ao reajuste. “Em virtude de várias pendências judiciais, com três ações populares tramitando na 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ponta Grossa, fiscalizada pelos douto promotores de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná, torna-se inviável que a representatividade do Conselho Municipal dos Transportes de Ponta Grossa sugira ao alcaide […] um aumento sobre a tarifa vigente sub judice”, menciona o texto.

A carta se refere ao reajuste percentual de 15,6% sobre a tarifa, verificado em 2017. Na visão da Autrans, o aumento de R$ 3,20 para R$ 3,70 foi abusivo e, caso Justiça chegue à mesma conclusão, tornaria um novo reajuste inadequado. A Autrans sugere, diante do exposto, que a maioria dos 13 membros que compõem o CMT adie a sugestão de possível reajuste ao Poder Executivo. Isso porque está agendada para esta quarta-feira (7) a reunião do Conselho que pode, ou não, sugerir um novo valor para a passagem de ônibus.

 

Prefeitura e VCG

Por meio de nota, tanto a VCG como a Prefeitura já haviam se manifestado sobre as três ações que seguem em análise na Justiça. Em resposta a reportagem do DC, ambas declararam na ver empecilho para reajuste em 2018, mesmo estando em dúvida a legalidade do reajuste ocorrido em 2017. “O fato de haver esses questionamentos não impede de se solicitar uma nova análise no valor da tarifa, haja vista a previsão disso em contrato”, informou a VCG.

A Prefeitura acrescentou que contestou duas das três ações, e ainda pretende contestar a terceira. “A Prefeitura apresentou contestação às duas primeiras ações populares, cumprindo todos os requisitos legais no que diz respeito a apresentação e análise de documentos. A PMPG ainda está dentro do prazo legal para apresentar contestação a terceira ação movida, que tem o mesmo objeto que as anteriores, o reajuste da tarifa de 2017”.

Gorchinski: “Qual seria a legitimidade desse reajuste” (Fábio Matavelli)

 

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