em

Apreensões de arma de fogo crescem 12,5% em três anos

O Instituto de Criminalística de Ponta Grossa registrou um aumento de 12,5% nas apreensões de armas de fogo, entre 2015 e 2017. É o que aponta um levantamento feito a pedido do DC, que denota um possível aumento no número de armas em circulação, e também destaca o empenho das forças policiais e o trabalho de peritos no esforço por elucidar ou evitar crimes na região. De acordo com a chefe da Seção Técnica do Instituto de Criminalística de Ponta Grossa, Eliane Martins, o número de armas de fogo apreendidas saltou de 478 em 2015 para 538 em 2017. “Isso representa, sim, um aumento nas apreensões, porque a maior parte das armas apreendidas é encaminhada ao Instituto, aqui em Ponta Grossa. Algumas poucas exceções são encaminhadas diretamente para Curitiba”, explica.

Para Eliane, isso pode indicar que ainda existe relativa facilidade na aquisição das armas, apesar do custo elevado para compra de equipamento novo e das exigências para autorização de posse e porte de arma. “Muitas dessas armas são apreendidas com ‘pessoas de bem’, que possuem uma arma de fogo em casa, mas estão em situação irregular. A maioria das apreensões é de espingardas, em regiões rurais. Nem todas estão envolvidas em crimes ou mortes violentas, e há também os casos de suicídio”, diz, lembrando que também existem as armas artesanais ou modificadas.

 

Simulacros

Também acabam sendo encaminhadas para o Instituto de Criminalística de Ponta Grossa os “simulacros”, imitações de armas reais utilizadas em assaltos ou apreendidas em situações de abordagem policial. Em 2015, foram trazidos para o local 17 objetos desse tipo; em 2017 foram 27.

 

Equipe em Ponta Grossa

Na Seção em Ponta Grossa são analisadas armas e munições encaminhadas de apreensões ocorridas em 27 municípios da região, o que inclui também as chamadas “armas brancas”, que vão desde uma faca até um pedaço de madeira ou uma pedra usada em crime.

“Assim como compete aos peritos comparar um projétil com um possível revólver usado em um homicídio, também cabe a nós comparar as marcas de uma serra usada em um pedaço de madeira, comprovando um crime ambiental, por exemplo”, explica Eliane, demonstrando a variedade das perícias realizadas no local, que atualmente conta com oito peritos, dois estagiários, dois auxiliares administrativos e dois auxiliares de limpeza. Um perito trabalha em escala de plantão 24 horas. Como já foi feito concurso público para nomeação de mais 13 profissionais no Paraná, a expectativa é que mais um perito seja nomeado para atuar em Ponta Grossa neste ano.

Eliane: “Analisamos desde revólveres até armas artesanais” (José Aldinan)

 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.