A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota alertando sobre os riscos de tratamentos para o novo coronavírus que utilizam Ivermectina — remédio que é normalmente indicado para o combate de vermes e parasitas.
De acordo com o órgão, não existe ainda comprovação científica de que a ivermectina seja efetiva no tratamento da covid-19. “Não existem dados que indiquem qual seria a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da doença”, ressalta a Agência.
No texto, a Anvisa afirma que “no caso da Ivermectina, os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia [perda da força física], dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor.
As reações epidérmicas incluem prurido, erupções e urticária”, afirma a nota da Anvisa.
O órgão ainda ressalta que “a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde. O uso de medicamentos sem orientação médica e sem provas de que realmente estão indicados para determinada doença traz uma série de riscos à saúde”, alerta.
No Brasil, ainda não há um medicamento específico para tratamento do coronavírus e Anvisa esclarece que “os medicamentos atualmente aprovados são utilizados para tratamento dos principais sintomas da doença, como antitérmicos e analgésicos. Para casos em que há infecções associadas, recomenda-se usar agentes antimicrobianos (antibióticos)”.