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“Precisamos trabalhar com responsabilidade”, reitera Elizabeth sobre industrialização

Foto: José Aldinan de Oliveira

Professora Elizabeth, do Partido Social Democrático (PSD), participou nesta quarta-feira (28) da segunda rodada de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Ponta Grossa. A organização é do portal dcmais e do jornal Diário dos Campos.

Em uma hora, a atual vice-prefeita abordou propostas do plano de governo e comentou o andamento da campanha, que inclui apoios do prefeito Marcelo Rangel e do governador Ratinho Junior.

A candidata deu destaque ao potencial de industrialização do município e lamentou o uso que opositores fazem das negociações industriais como forma de campanha.

Qual é a estrategia da campanha em relação à exposição do atual prefeito Marcelo Rangel nos programas?

“Até ontem [terça-feira] nós tínhamos um objetivo principal e este objetivo já foi atingido. Agora estamos com outra estratégia. A partir do momento em que o prefeito Marcelo Rangel, o governador Ratinho e o deputado Sandro Alex estão conosco, esse era o período deles nos apresentarem. A partir de agora eu e o Capitão Saulo vamos tomar a frente das propostas”.

Então o prefeito não irá mais participar dos programas?

“Pode ser que sim. Pode ser que apresente e finalize conosco alguma coisa. Afinal, ele é um dos maiores cabos eleitorais que tenho”.

A candidata pretende manter o secretariado? Já teria algum nome?

“Tenho uma grande liberdade para estabelecer o secretariado. Não fiz acordo nenhum com relação ao nome de ninguém. Não prometi para partido nenhum dar cargo. Me sinto muito confortável e isso ficou mais fortalecido porque todos os nossos secretários colocaram seus cargos à disponibilidade a partir de 31 de dezembro. Então vou ter liberdade para escolher pessoas técnicas, preparadas, sérias e comprometidas que vão me ajudar a administrar esta cidade. Preciso primeiro ganhar a eleição para depois pensar em quais são esses nomes”.

Qual a proposta de industrialização da candidata?

“Nós sabemos que nessa atração as indústrias fazem prospecção de mercado. Elas analisam todas as questões de educação, saúde, cultura… toda a qualidade de vida que a cidade tem. Então, essa captação de indústrias exige um sigilo e sensatez, sem expor as empresas. A gente pode perder uma grande indústria só porque a língua foi muito solta. Acredito que precisamos trabalhar com mais responsabilidade. Não em benefício próprio porque ‘eu quero ganhar a eleição’. Ficam falando besteira aí e tirando esse sigilo que é tão importante e necessário para a captação da indústria”.

Um dos candidatos disse que uma grande indústria japonesa está vindo para Ponta Grossa. A candidata, como componente da atual administração, confirma essa vinda?

“Não posso fazer isso. O que foi dito é uma grande irresponsabilidade. Esse é um processo de mais de dois anos de conquista. Eu sou completamente contra chegar aqui e por uma questão eleitoreira falar esse tipo de coisa. Pode acabar com esse projeto dentro da nossa cidade. É um absurdo. Eu não posso confirmar nada disso”.

Qual o número real da pavimentação em Ponta Grossa? É verdade os atuais 90%?

“Essa medida é muito difícil de ser realizada. O que temos notado é que está entre 80% e 90%. A princípio, tinha proposto no meu plano de governo 200 quilômetros de realização em quatro anos. Como um plano não é estático, eu já ousei a dizer que vamos chegar nos 100%. Pra mim o que interessa é a meta: 100%. E nós vamos chegar. Vai ser mais do que 200 quilômetros”.

A candidata propõe no Feira Verde a troca de recicláveis por gás de cozinha. Como vai funcionar?

“O que mais as pessoas pedem para mim é gás de cozinha. Aí surgiu a ideia de fazermos a troca pelo ‘vale-gás’. Isso vai ser muito simples: são 30 quilos de material reciclável para um botijão de gás. Não que a pessoa precise levar 30 quilos na mesma hora. Ela vai levar e trocar por pontos. Cada quilo será um ponto. Quando completar 30 pontos, a pessoa troca pelo botijão de gás. Se a pessoa quiser trocar pelo gás e pela alimentação, ela vai precisar recolher mais material”.

Em relação às ciclofaixas, quais as primeiras avenidas que devem receber caso a candidata seja eleita?

“Toda e qualquer avenida que for asfaltada e tiver condições de ter a ciclovia precisa ter essa estrutura. Não podemos mais apontar quais terão. Por muito tempo ouvi que bicicleta em Ponta Grossa era inviável por causa das subidas e das descidas. Mas, onde é possível, não nos interessa a localidade. Precisa receber a partir de agora a ciclovia”.

Como a candidata observa o processo licitatório do transporte coletivo?

“Acredito que não é a prefeita quem precisa decidir isso. A prefeita tem que ouvir a população e ouvir as entidades. Ou seja, ouvir a inteligência da área e as questões técnicas que envolvem todo o processo. Aí sim propor o modelo. Essas audiências públicas precisam acontecer já em 2021”.

De que forma pretende realizar adequações de estradas rurais?

“O trabalho precisa levar em consideração a topografia de cada local. Há propriedades lindeiras que sofrem com o escoamento de água. Nós também não podemos prejudicar esses imóveis. O serviço precisa de um acompanhamento melhor com engenheiros. Não é só cascalhamento ou passar o trator. É preciso olhar especialmente para que a manutenção seja duradoura”.

Quantas lâmpadas devem ser trocadas por LED na iluminação pública de Ponta Grossa?

“Temos aproximadamente 42 mil postes de iluminação pública. Nós fizemos em loteamentos 561 pontos e outros 370 pontos de LED no centro da cidade. E aí houve uma sinalização de que precisávamos esperar a homologação de todas luminárias de LED pelo Inmetro para dar continuidade a licitações. Nós não quisemos correr o risco. Agora que foi homologado vamos fazer o máximo que pudermos”.

A candidata propõe instalação de novas bases da Guarda Municipal. Onde elas ficariam?

“Nos quadrantes da cidade. Em Olarias, por exemplo, nós já temos. Então precisamos fazer nos demais quadrantes. Em Guaragi nós já temos. Vamos instalar uma base agora em Itaiacoca, pois há uma grande população que necessita”.

Haverá a contratação de novos guardas?

“Provavelmente, mas será gradativo. Não pode ser tudo de imediato porque temos o problema do limite prudencial”.

Uma das propostas da candidata é levar a cobertura básica de saúde para 90% da população. Como está esse número hoje?

“Hoje é 80%. Queremos chegar a 90% criando mais quatro Unidades de Saúde nos quadrantes da cidade e fortalecendo o programa Hora Certa próximo aos terminais de ônibus com atendimentos até 22h. Queremos fazer um atendimento itinerante aos trabalhadores homens, pois eles não vão ao médico. Então, o médico irá até eles. Precisamos diminuir o índice de mortalidade entre os homens”.

Isso implicaria na contratação de equipes para a Saúde?

“Com certeza absoluta. Talvez um pouco da redistribuição porque o pessoal todo que trabalha no Hospital Amadeu Puppi poderá ser redirecionado”.

Convidados questionam

Roberto Ferensovicz – presidente do Sindserv
Qual o pensamento da candidata quanto à estabilidade do servidor público?

“A estabilidade é importante, mas isso não quer dizer também que o trabalhador não possa ser exonerado quando houver uma justa causa. Mas é importante que a estabilidade continue acontecendo. Acredito que vai ser difícil passar a reforma [em Brasília]. Mas aqui, enquanto assim estiver, é assim que vamos respeitar”.

Margolaine Giacchini – Conselheira do CREA/PR
Quais as propostas da candidata para melhorar a acessibilidade?

“Penso que o Plano Diretor que vai ser votado na Câmara e o Plano de Mobilidade Urbana vão definir exatamente como isso deve acontecer nos próximos anos. Esse Plano de Mobilidade vai em alguns pontos especiais da acessibilidade que precisamos levar em consideração. Eles precisam ser votados ainda neste ano para que consigamos um direcionamento nos próximos quatro anos. Nós já temos um passo adiante na acessibilidade e acredito que temos de alçar voos maiores ainda”.

Marcos Gueibel – diretor do Núcleo das Indústrias
Quais os meios e ferramentas que a sua gestão usará para caminhar em prol do sonho de transformar Ponta Grossa no maior ‘hub logístico’ do Sul?

“Todas as ações realizadas a partir de agora, e mesmo desde antes, estão contribuindo para se chegar lá. O fortalecimento do atual Distrito Industrial, a criação do Distrito Industrial Norte, o planejamento do Contorno Norte, o plano de um Centro Tecnológico de Qualificação, o pensamento do Porto Seco, a captação de indústrias e a participação direta no Paraná Competitivo são ações que vão fazer com que a cidade chegue nesse patamar em 2.043. A nossa contribuição é gradativa e já está acontecendo”.

Diva Angélica Martins Bueno – voluntária do SOS Bichos
Como a candidata pretende trabalhar as questões da proteção animal?

“O nosso departamento de zoonoses está fazendo um trabalho espetacular nesta área e vamos incrementar ainda. O único prefeito que investiu em proteção animal foi o Marcelo Rangel. Temos o credenciamento de clínicas particulares para fazer a castração desses animais. Queremos que duplique e triplique o atendimento. Temos desconto no IPTU para quem adota animais. Temos ações inúmeras já acontecendo e que nós precisamos aumentar e fortalecer. Quem gosta de animais e protege animais, protege qualquer vida”.

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