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1 a cada 4 ponta-grossenses recebeu auxílio emergencial ou aderiu a acordos em 2020

Foto: Marcello Casal Jr/EBC

Por Millena Sartori/DCMAIS

Dois importantes programas criados pelo Governo Federal em abril para o combate às consequências econômicas geradas pela pandemia do novo coronavírus venceram junto com o fim de 2020: o benefício emergencial, como foi chamado o programa que permitia acordos trabalhistas de redução de jornada, suspensão de contratos e intermitência, e o auxílio emergencial, que concedeu pagamentos mensais a desempregados, informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e mães solteiras. Somados, ambos os programas beneficiaram pelo menos 101.748 ponta-grossenses – 28,6% de toda a população da cidade, ou seja, mais de 1 a cada 4 habitantes.

Leia também: Fim de auxílio emergencial e acordos trabalhistas deve impactar economia de Ponta Grossa

Dados do Ministério da Economia mostram que durante o período em que esteve vigente (de abril a dezembro) o benefício emergencial, como foi chamado o programa que permitia acordos trabalhistas de redução de jornada, suspensão de contratos e intermitência foi adotado em Ponta Grossa por 2.419 empresas e aplicado a 15.913 trabalhadores – 17,2% de todos os empregados com carteira assinada, ou seja, mais de 1 a cada 6 trabalhadores formais. Como cada trabalhador poderia fechar mais de um acordo, seja por renovação do prazo ou adoção de outra modalidade, o total de adesões foi de 28.051.

A ordem de tipos de acordos mais adotados na cidade foi do mais rígido para o mais ameno: a suspensão de contrato liderou (43%), seguida da redução de 70% de jornada e salário (20,7%), redução de 50% (18,2%), redução de 25% (16,6%) e contrato intermitente (1,5%).

As mulheres foram as mais afetadas em Ponta Grossa, representando 54,8% de todos os acordos, e por faixa etária quem mais fez acordos foram os jovens: os de 18 a 29 anos lideram, com 34,1%, seguidos das pessoas de 30 a 39 anos (28,5%) e das de 40 a 49 anos (21,3%).

Setores

Considerando as atividades econômicas, a que mais fez acordos trabalhistas na cidade foi a prestação de serviços, responsável por mais de a metade (54,2%) de todos eles. Em segundo lugar ficou o comércio (25,2%), em terceiro a indústria (18,3%), em em quarto a construção civil (1,8%) e em último a agropecuária (0,5%).

Proporcionalmente, considerando o total de trabalhadores de cada setor, segundo o Ministério da Economia, a ordem é praticamente a mesma: o acordos feitos com trabalhadores dos serviços representam 37,25% dos empregados no setor. No comércio a porcentagem é 31,2%, na indústria 29,8%, na agropecuária 6,57% e na construção civil 2,49%.

Auxílio emergencial somou R$ 243,91 milhões em cinco meses em Ponta Grossa

Os dados mais recentes disponibilizados pela Controladoria-Geral da União trazem apenas as informações do auxílio emergencial em Ponta Grossa até agosto de 2020. Portanto, nos cinco primeiros meses em que foi liberado, o auxílio injetou mais de R$ 243,91 milhões na economia local. Neste período, o mês que somou a maior quantia foi julho (R$ 60,2 milhões), quando 85.835 pessoas foram beneficiadas na cidade – o equivalente a quase um quarto de toda a população de Ponta Grossa.

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