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Guerra do tráfico já soma 55 execuções em 17 meses

Foto: José Aldinan-Arquivo DC

A Guerra do Tráfico, iniciada no final de 2020, já soma 55 mortes em decorrência da rivalidade entre duas organizações criminosas nacionais e que atuam com forte presença em Ponta Grossa. Desde dezembro daquele ano, crimes com características semelhantes, nos quais as vítimas são surpreendidas e mortas com vários tiros à queima roupa, foram intensificadas e ganharam ainda mais força este ano.

Três suspeitos – um foi preso em dezembro do ano passado e dois na última quarta-feira (20) – seriam os responsáveis por uma grande parte das execuções. Erick Henrique da Silva (Menor) e Eduardo Ferreira (Indinho) foram presos em Paranaguá na quarta-feira e José Raylan de Lima em Ponta Grossa. Eles chegaram a ter suas fotos divulgadas pela Polícia Civil em outubro de 2021, quando 38% dos homicídios ocorridos de dezembro de 2020 a outubro de 2021 contariam com o envolvimento do trio.   

Segundo o delegado chefe da 13ª SDP, Nagib Nassif, os três pertencem a uma facção criminosa violenta, que deu início à uma verdadeira guerra em busca do domínio no comércio de drogas no fim de 2020.

Trio preso

Erick e Eduardo foram presos em uma blitz de trânsito na Polícia Militar em Paranaguá. Na abordagem, eles se identificaram com nomes falsos e no veículo em que estavam foi encontrada uma pistola 9 milímetros com carregador estendido e numeração suprimida. Raylan já havia sido preso em dezembro de 2021, na BR-376, quando voltava do litoral com a família. A prisão se deu após um trabalho conjunto entre as forças de segurança.

As vítimas na guerra do tráfico, em sua maioria, são pessoas do sexo masculino, com idades entre 16 e 55 anos, todas mortas a tiros, quase sempre tendo a casa invadida pelos executores. Três mulheres, com idades entre 23 e 37 anos, também foram assassinadas. A Polícia Civil observa que 80% das vítimas eram pessoas com antecedentes criminais. Algumas usavam tornozeleira eletrônica e haviam saído da prisão há pouco tempo. prisão.

Guerra

As investigações apontaram que a imensa maioria dos assassinatos ocorridos em 2021 foi causada pela disputa por territórios entre as duas facções criminosas. A principal motivação, o tráfico de drogas, no primeiro semestre de 2021 respondia por 50% dos casos de homicídios, e no segundo semestre chegou a 90%.

Após a divulgação das fotos dos três suspeitos e o avanço das investigações, a quantidade de homicídios na cidade apresentou leve queda. Os dois grupos envolvidos teriam se ‘aquietado’ na metade de novembro. Mas o sinal de alerta foi ligado novamente no começo de dezembro, quando duas mulheres e três homens foram mortos.

Mesmo com a prisão de Raylan, no final de 2021, a Polícia Civil confirmou ontem que os outros dois suspeitos presos nesta semana também são investigados por homicídios ocorridos este ano em Ponta Grossa.

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