Ponta Grossa teve uma redução de 15% nos homicídios dolosos nos primeiros oito meses de 2023. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) e são comparados com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a agosto de 2022 foram registrados 59 homicídios dolosos, contra 50 neste ano.
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Para o delegado responsável pelo setor de homicídios na 13ª Subdivisão Policial, Luis Timossi, a apreensão de adolescentes envolvidos com a criminalidade e a rápida prisão de homicidas está começando a dar resultados. “Estudos realizados pelo Instituto Sou da Paz indicam que a responsabilização de homicidas no menor intervalo possível inibe a prática de novos crimes”, diz.
“A prisão dos autores ainda interrompe o ciclo de vingança que leva a uma espiral de mortes”, acrescenta Timossi, que defende a realização intensiva de ações preventivas e repressivas por parte da Polícia Civil e outras forças de segurança também contra adolescentes infratores.
A autoridade, no entanto, destaca que a punição para homicidas no país é branda. “O Brasil precisa repensar as punições para homicídios perpetrados no contexto de organizações criminosas para se avançar na redução duradoura de mortes. Infelizmente as penas são baixas em nosso país e com demasiados benefícios penais”, opina, concluindo que, desta maneira, rapidamente os criminosos retornam às ruas.
Mortes violentas preocupam
Se o número de homicídios dolosos em Ponta Grossa recuou em 2023, as mortes violentas como um todo ainda são preocupantes. Somando os 50 homicídios dolosos com os seis latrocínios registrados no ano, PG se posiciona como segunda a cidade em que mais se mata no interior do estado, perdendo para Foz do Iguaçu (57) e a capital Curitiba (145) com Região Metropolitana.