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Vendas no varejo crescem 8,6% em doze meses


O faturamento real do comércio varejista do Paraná apresentou aumento de 8,6% na comparação entre os 12 meses anteriores a setembro e o mesmo período do ano passado. No País, o crescimento foi de 6,6%. Em setembro último, houve alta de 0,3% no índice, enquanto nos primeiros nove meses do ano a alta chegou a 9,5%.

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira (13/11). Os números se referem à apuração ampliada, que abrange a comercialização de veículos, motos e material de construção.

No mês, o comércio estadual apresentou alta menor do que a média brasileira, que foi de 2%. Os segmentos atrelados à massa de salários seguem com desempenho expressivo no Estado. A venda de artigos de uso pessoal e doméstico subiram 24,1%; farmacêuticos e de perfumaria, 18,8%; combustíveis e lubrificantes, 15,9%; e hipermercados e supermercados, 8,1%.

Na outra ponta, houve queda acentuada nos ramos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-23,8%), livros, jornais e revistas (-10,3%), móveis e eletrodomésticos (-9,2%), material de construção (-7,5%) e veículos, motocicletas, peças e partes (-6,8%).

“Os indicadores denotam um movimento de desaceleração das vendas de varejo no Estado, reproduzindo a tendência nacional de acomodação dos níveis de consumo das famílias, principalmente das compras a prazo”, analisou Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

ACUMULADOS – No acumulado nos nove primeiros meses do ano, o Paraná exibiu incremento de 9,5%, o segundo maior nas regiões Sudeste e Sul, atrás apenas de São Paulo (9,9%), e bastante acima da média brasileira (7,8%). Os melhores resultados foram em artigos farmacêuticos e de perfumaria (23,2%), artigos de uso pessoal e doméstico (21,3%), hipermercados e supermercados (11,9%) e móveis e eletrodomésticos (11,2%).

No índice anual, dos doze meses anteriores a setembro, o aumento de 8,6% resultou no melhor desempenho entre os estados do Nordeste, Sul e Sudeste. Os aumentos mais significativos aconteceram em artigos farmacêuticos e de perfumaria (21,4%), artigos de uso pessoal e doméstico (19,2%), móveis e eletrodomésticos (13,1%) e hipermercados e supermercados (11%).

RESTRITO – No parâmetro restrito, que exclui veículos, motos e material de construção, as vendas do varejo cresceram 6,5% no mês, 11,4% no ano e 11% em doze meses, contra 8,5%, 8,9% e 8,1%, para o Brasil.

“O moderado desempenho do comércio varejista paranaense em setembro de 2012 deve ser interpretado como uma espécie de fator de ajuste ao ciclo de endividamento da população, em curso no País, além da influência da elevada base de comparação do segundo semestre do ano passado”, comentou Lourenço.

De acordo com Lourenço, a provável redução dos juros na ponta do consumo, somada ao efeito renda derivado dos salários, englobando o 13.º salário dos trabalhadores, aos preços favoráveis na agricultura, e ao começo da maturação dos investimento do Programa Paraná Competitivo, permitem projetar expansão para o último trimestre do ano e começo de 2013.

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