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Soja ganha área do milho nos Campos Gerais

Os produtores deram início ao plantio de soja nos Campos Gerais (18 municípios). “As atividades estão intensas no campo. A movimentação de máquinas é grande, apesar do zoneamento permitir o plantio até 31 de dezembro”, observa o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Luís Alberto Vantroba.

 

Ele observa que a maior parte dos sojicultores prefere plantar entre os meses de outubro e novembro, assim que ocorre a colheita do trigo. Nesta safra, a estimativa inicial aponta para uma área a ser plantada de 579.370 hectares, superando a da última safra que foi de 538 mil hectares. Houve redirecionamento de plantio, com os produtores destinando área maior à soja e menor ao milho em função de preço.

 

A previsão é que o rendimento médio alcance 3.700 quilos por hectare, inferior a do ano passado (3.964 quilos por hectare) já que a estimativa é projetada dentro das condições normais de clima (períodos de sol e chuva regulares).  

Na safra passada, conforme Vantroba, a produção atingiu 2,134 milhões de toneladas, devendo chegar agora a 2,143 milhões de toneladas.

Milho

A safra do milho está 100% plantada. Houve uma redução histórica na área em relação à safra passada, passando de 99.290 hectares para 57.230 hectares, queda de 42%.

O que motivou a desistência do plantio foi à cotação no mercado agrícola. Hoje a saca de 60 quilos é vendida entre R$ 22 e R$ 23, já no ano passado, nesta mesma época, entre R$ 32 e R$ 35. Algumas multinacionais chegaram a pagar R$ 50 a saca no passado, o que estimulou o cultivo em anos anteriores.

Nesta safra, além do baixo valor os produtores estão enfrentando uma série de dificuldades. No fim de agosto, algumas áreas foram afetadas pela estiagem, “mas hoje está normal, está chovendo bem”, comenta Vantroba.

A previsão inicial é uma colheita de 574 mil toneladas, partindo de uma produtividade média de 10 mil quilos por hectare. Na última safra foi colhido 1,5 milhão de toneladas com rendimento médio de 10.572 quilos por hectare.

 

Feijão tem desenvolvimento regular

As lavouras de feijão nos Campos Gerais (18 municípios) também foram afetadas pela estiagem, entre agosto e setembro. Em outubro, com a chuvarada, houve a recuperação, “mas talvez algumas áreas não atinjam o potencial”, alerta o economista do Deral/Seab, Luís Alberto Vantroba.

Neste momento, segundo ele, o feijão tem desenvolvimento de regular a bom, com a produção inicial estimada em 108 mil toneladas. Na safra passada, o feijão das águas rendeu 98.396 toneladas.

Segundo estimativa inicial, o rendimento deverá chegar a 2.200 quilos por hectare, também acima dos 1.950 quilos por hectare registrado na última safra.

Assim como os produtores destinaram parte da área do milho para a soja, também houve incremento na área plantada de feijão, passando de 47.870 hectares para 49.115 hectares.

O economista observa que diferente do que se falava no passado que o feijão era plantado mais por pequenos produtores, agora os grandes estão investindo. “Os grandes estão aproveitando melhor o uso da terra; colhem entre dezembro e janeiro e ainda conseguem fazer mais uma safra”, comenta. Por outro lado, ele recomenda, no entanto, a orientação técnica para este aproveitamento.

 

Grão

Biodiesel será misturado ao diesel a partir de 2018

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, na semana passada, a antecipação para 1º de março de 2018 da mistura de 10% de biodiesel ao diesel usado no mercado interno (B10). A decisão teve o voto favorável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), representado na reunião pelo secretário-executivo, Eumar Novacki.

De acordo com a Lei 13.263/16, o prazo final para o aumento de 10% de biodiesel no diesel seria 1º de março de 2019. A decisão de antecipar em um ano o prazo para a mistura visa reduzir as importações brasileiras de diesel para atender ao mercado interno.

Segundo Novacki, a expectativa é de que caia o preço final do diesel usado no Brasil. “Essa decisão é uma sinalização do governo de que estamos prestigiando a produção, além de ser uma boa notícia para os consumidores, já que a medida pode baixar o preço final”, observou o secretário-executivo do Mapa.

O óleo de soja é a principal matéria-prima utilizada na fabricação de biodiesel no Brasil, com participação de cerca de 80% da produção. Novacki destacou que a medida poderá gerar emprego e renda para os trabalhadores do setor, além de contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera em mais de 70% em relação ao diesel fóssil.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o B10 deverá aumentar o processamento de soja para 43 milhões de toneladas, ou cerca de 1,5 milhões de toneladas a mais do que neste ano. Isso poderá gerar mais de 20 mil postos de trabalho. Além disso, a medida, também segundo a Abiove, significará economia de cerca de US$ 2,2 bilhões em importação do diesel mineral. (Das Assessorias)   

Plantio da soja segue a todo vapor nos Campos Gerais (Divulgação)

 

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