O Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde, da Polícia Militar do Paraná, e o Instituto Água e Terra (IAT) divulgaram nesta quarta-feira (23) o balanço final da Operação Esperança, planejada para flagrar crimes ambientais na Serra da Esperança, um dos mais importantes biomas da região Centro-Sul. Foram alvo das ações propriedades localizadas nos municípios de Guarapuava, Prudentópolis e Inácio Martins. As fiscalizações terrestres e aéreas ocorreram entre os dias 14 e 18 de junho e geraram R$ 4,2 milhões em multas por crimes ambientais.
Ainda de acordo com o balanço da operação, 40 locais foram registrados por meio de alertas emitidos pelo sistema ‘MapBiomas’ e 19 a partir de informações recebidas por meio do Disque Denúncia 181 (repassadas à Polícia Ambiental), totalizando 406 hectares de área desmatada.
As equipes percorreram dezenas de quilômetros para localizar e medir as áreas desmatadas. As vistorias foram realizadas também com apoio de uma aeronave do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA).
“Essa parceria firmada com o Batalhão de Polícia Ambiental nos permite coibir os crimes ambientais com maior eficácia em todo o Estado”, afirma o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
Segundo o comandante do Batalhão Ambiental-Força Verde, tenente-coronel Jean Rafael Puchetti Ferreira, as operações têm sido constantes. “São ações em todo o Paraná para proteger o meio ambiente. A integração com o IAT garante abrangência em área de atuação”, diz.
Denúncias
O gerente de Fiscalização e Monitoramento Ambiental do IAT, Álvaro Goes, reitera que as áreas vistoriadas foram definidas após alertas do ‘MapBiomas’ e denúncias ao 181. “São canais de suma importância. O MapBiomas, por exemplo, é uma ferramenta online com imagens de satélite bastante utilizada pelo órgão ambiental. Com ele, conseguimos identificar irregularidades e coibir diversos crimes ambientais, incluindo o desmatamento”, explica.
Apenas a Força Verde fiscalizou 236,5 hectares de área. As equipes lavraram Autos de Infração Ambiental (AIA) no valor de R$ 1,97 milhão em multas. Já o Instituto Água e Terra (IAT) vistoriou o total de 169,4 hectares de área e aplicou R$ 2,25 milhões em multas.
Do total de pontos, somente em três localidades não foram constatados crimes ambientais. Os fiscais também se depararam com um local em regeneração e outro com corte de araucária, árvore símbolo do Paraná.