Menu
em

Paraná divulga lista de terras mais valiosas para o plantio

Foto: Divulgação/Roberto Dziura/AEN

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento publicou, nesta segunda-feira (29), um levantamento feito em março com os preços médios das terras agrícolas. Ele pode ser usado por proprietários como parâmetro para negociações, além de ser balizador para outras entidades, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O levantamento municipal de preço de terras no Estado é realizado pelo Deral desde 1998.

Leia mais: Rumo abre inscrições para vagas de estágio no Paraná; veja como participar

O maior preço de terra da classe A-I, considerada a melhor por ser plana, fértil, bem drenada e profunda, foi verificado em Maringá, no Norte do Estado, com R$ 175,7 mil o hectare. Outras cidades com a mesma classe e valores altos são Arapongas, Doutor Camargo, Foz do Iguaçu, Ivatuba, Paiçandu e Sarandi. Já o menor valor nesse mesmo grupo, na classe IV, que é de menor aptidão agrícola, mas ainda mecanizado, está em Adrianópolis, município do Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de Curitiba, cujo hectare vale R$ 20,5 mil.

A média gira em torno de R$ 41 mil a R$ 96 mil para o hectare de soja, dependendo da estrutura que cada local apresente. Em 2023 a média tinha alternado entre R$ 60 mil a R$ 103 mil.

A atual classificação de terras no Estado é de 2017. O grupo A tem as classes que vão de I a IV, começando pelas áreas planas e férteis até mais declivosas ou rasas, restringindo o uso na agricultura.

Pastagens

Além das terras agricultáveis, há o grupo B com as classes VI e VII, para utilização em pastagens ou reflorestamento. Nesse caso, os valores levantados pelo Deral são em média de R$ 41 mil o hectare para a classe VI e de R$ 29 mil para a classe VII. Na VI vai de cerca de R$ 72,3 mil em Foz do Iguaçu a R$ 19,6 mil em São Mateus do Sul. Na VII, varia de em torno de R$ 53 mil em Rancho Alegre a R$ 13,4 mil em General Carneiro.

Reflorestamentos

O grupo C classe VIII congrega as terras impróprias para agricultura, pastagem ou reflorestamento. Normalmente elas servem apenas para abrigo e proteção de fauna, flora silvestre, ou como ambiente de recreação e para fins de armazenamento de água. A média de preço está em R$ 12 mil (as máximas giram em torno de R$ 21,1 mil em Rolândia a R$ 5,5 mil em Rio Branco do Sul).

Segundo o coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, Carlos Hugo Godinho, não é tanto o preço final conseguido pelo produtor em relação ao seu produto que pesa, mas o lucro que ele extraiu da propriedade. “A terra é um ativo muito importante e o que vale é a capacidade de retorno financeiro ao produtor”, disse. Assim, o valor de um produto precisa ser olhado levando em conta outras variáveis. Se o preço da soja cair em um determinado ano e o custo de produção também tiver redução, o produtor ainda poderá, em muitos casos, ter a mesma rentabilidade.

“Em um ano ruim como esse que passou, se o produtor conseguiu manter sua produção dentro da normalidade, teve lucratividade e a garantia de bom preço para suas terras”, salientou Godinho. Segundo ele, os preços das terras agricultáveis no Paraná, classificadas no grupo A, tiveram redução média de 5% no levantamento feito em março deste ano comparativamente a março de 2023. Esse percentual foi influenciado pela menor rentabilidade conseguida pela soja, que é o principal valor de referência na comercialização das terras no Estado.

Ele também acrescenta que uma mesma propriedade pode ter mais de uma classe. Além disso, na definição dos preços, o Deral leva em conta aspectos de infraestrutura disponível para o transporte, proximidade e acesso ao mercado consumidor, e eventuais restrições de plantio.

Outro aspecto levado em consideração na composição dos preços das terras é o potencial de cultivo. Nas áreas onde se faz a alternância do plantio de soja e trigo, as propriedades são menos valorizadas do que em regiões onde se consegue plantar até três safras de grãos consecutivas como a de verão, segunda safra e de inverno, cujo retorno econômico é possivelmente maior.

Lista de preços médios:

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Sair da versão mobile