Ao longo desta semana, o G7, grupo composto pelas principais entidades do setor produtivo paranaense, realiza reunião técnica regional com integrantes do Ministério de Infraestrutura e da EPL (Empresa de Planejamento e Logística) para detalhar os projetos previstos em cada um dos seis lotes do novo modelo de concessão de rodovias do Paraná.
Na manhã desta terça-feira (16) foi a vez de discutir as obras previstas no lote 2 do novo modelo de concessão, que abrange as rodovias BR-277, PRs 407 e 508, PR-151, PR-092, BR-153 e BR-369, e inclui mais de 25 municípios, entre eles Ponta Grossa, Jaguariaíva, Curitiba, Morretes, Antonina, Paranaguá, Piraí do Sul, Castro, Carambeí, Sengés, entre outros.
Na reunião desta terça-feira, o diretor de Transporte do Ministério da Infraestrutura, Guilherme Bianco, ressaltou que a elaboração do novo modelo de concessão é fruto de um estudo que tem mais de dois anos, em que estão sendo buscadas as melhores soluções para transforar a logística do Paraná. “O novo modelo busca atender três pilares: segurança viária, fluidez e tecnologia. Acreditamos que o projeto esteja muito bom, mas precisa de ajuste fino, de quem conhece as rodovias”, destaca.
Ao longo das apresentações, representantes de diversas instituições e de Municípios aproveitaram para esclarecer dúvidas e apresentar demandas. Priscilla Garbelini Jaronski, diretora executiva da Casa da Indústria de PG, participou das reuniões realizadas na segunda-feira (15), para discussão do lote 1 e desta terça-feira; também deve participar do debate de quarta-feira (17), que discutirá o lote 3. Na discussão sobre o lote 3 serão detalhadas as obras dos contornos Leste e Norte, de Ponta Grossa. “Na discussão sobre o lote 1, que vai até Curitiba, questionei o fato de que os ponta-grossenses pagam o segundo quilômetro mais caro do Estado até a capital. A expectativa para superar o problema é a implantação do free flow, que por enquanto não tem previsão legal, mas que é uma das alternativas possíveis, já que cobra proporcionalmente à distância percorrida”, detalha.
A mediação do debate é feita por João Arthur Mohr, gerente de assuntos estratégicos da Fiep. Ele ressaltou que as reuniões têm objetivo de abordar os detalhes dos projetos técnicos, como obras e ampliações, e não necessariamente a modelagem ou tarifa prevista, assuntos que estão sendo tratados em outros encontros. Destacou ainda a participação da Secretaria de Infraestrutura do Paraná e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na realização dos estudos.
Debate
Desde o dia 15 até o dia 19, membros do governo federal estão rodando por todo o Paraná, mostrando, todas as obras previstas, cronograma de entrega de cada uma delas, além de conhecer possíveis necessidades apontadas por lideranças e sociedade que possam ser agregadas ao projeto.
A equipe do governo federal deve rodar por quase dois mil quilômetros ao longo da semana. As reuniões acontecem na parte da manhã, por meio de videoconferência – em razão da pandemia –, sempre com a participação de lideranças de instituições representativas de cada região e transmissão pelo canal da Fiep no Youtube. Na parte da tarde, a comitiva visita os trechos correspondentes ao lote que será apresentado e discutido na manhã do dia seguinte.
Características
O gerente de estruturação de projetos de concessão de infraestrutura de transportes na EPL, Santi Ferri, também deu mais detalhes sobre os estudos para a nova concessão. Ao todo, no Paraná estão previstos 1,7 mil quilômetros de duplicação, implantação de 492 kms de faixa adicional e 10 contornos urbanos.
Para as rodovias do lote 2, cuja extensão deve ser de 576 quilômetros, estão previstos 382 kms de duplicação, 139 kms de faixa adicional, 32 kms de ciclovias, 71 kms de marginais, além de 58 passarelas e 129 dispositivos.
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