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Fiep apresenta resultados da Bússola da Transformação Digital

Pesquisa inédita revela que indústria paranaense está atenta à necessidade de digitalização, mas precisa avançar em ações nessa área

Foto: Gelson Bampi

A indústria paranaense está atenta à necessidade de intensificar o processo de transformação digital, porém ainda tem muito a avançar nessa área. Essa é uma das principais conclusões da 1ª edição da Bússola da Transformação Digital, pesquisa cujos resultados foram apresentados pelo Observatório Sistema Fiep, na última quinta-feira (16).

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A Bússola oferece diversos benefícios gratuitos aos gestores industriais, entre eles: seis diagnósticos referentes as dimensões do processo de transformação digital; conteúdos exclusivos elaborados pela equipe do Observatório e assessoria de um especialista do Sistema Fiep. “Esta é uma iniciativa do Sistema para difusão de conhecimento e indução da transformação digital na indústria paranaense”, disse a gerente-executiva do Observatório, Marília de Souza. “Trata-se de uma tendência irreversível. Fazer a transformação digital não tem negociação, então precisamos caminhar juntos para potencializar a competitividade das indústrias, estimular gestores a colocar em prática os primeiros passos para a transformação digital e desenvolver competências relacionadas a essa área”, completou.

O presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, que participou do evento, ressaltou que a entidade tem totais condições de apoiar a indústria paranaense em seu processo de transformação digital. Ele destacou, principalmente, o potencial da rede de Institutos Senai de Tecnologia e Inovação, espalhados por todo o Paraná e em outros estados, para o desenvolvimento de soluções nessa área. “O Sistema Fiep existe para a indústria e esse potencial tem que ser usado pelas empresas do setor”, afirmou.

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O evento de apresentação dos resultados teve ainda um diálogo com empresários e profissionais ligados ao tema. Participaram o gerente de Planejamento de Série da Volkswagen do Brasil, Cesar Schlindwein, o CEO da Selletra Automação e Robótica, Sidnei Gularte, e o gerente de Inovação da Schwarz Metalúrgica, Rafael Bispo. O debate foi mediado pelo pesquisador do Observatório Sistema Fiep, Augusto Machado, líder do projeto da Bússola.

Assista ao evento na íntegra:

Metodologia

Participaram desse primeiro ciclo do levantamento 212 indústrias, de 19 setores, instaladas em 69 municípios paranaenses. Desse total, 148 são micro e pequenas empresas. Para facilitar o processo de autoavaliação das indústrias, foram selecionados 40 indicadores ligados à transformação, divididos em seis diferentes dimensões: estratégia; gestão; produção e operação; cadeia de suprimentos e distribuição; pessoas; e tecnologias facilitadoras. Para cada indicador, a empresa apontava seu grau de maturidade naquele tema, encaixando-se em quatro diferentes níveis.

No primeiro, chamado “passividade digital” (desempenho médio de 0% a 25%), estão as empresas que ainda não vislumbram possibilidades e oportunidades no tema analisado. No segundo, “reatividade digital” (desempenho médio de 25% a 50%), encaixam-se as empresas que vislumbram possibilidades, mas ainda não estruturaram ações relacionadas ao tema. Já em “pré-atividade digital” (desempenho médio de 50% a 75%), estão as indústrias em fase de estruturações de ações, buscando orientações sobre como efetivá-las. Por fim, em “proatividade digital” (desempenho médio de 75% a 100%) estão as companhias em estágio mais avançado na transformação digital, já possuindo ações estruturadas em relação ao tema abordado.

Resultados

Analisando-se o conjunto de respostas, a Bússola conclui que o desempenho médio das indústrias participantes está em um nível de reatividade digital. “No geral, as empresas entendem o que é a transformação digital, vislumbram oportunidades, mas ainda não começaram a empreender ações efetivas”, explica Marília de Souza.

Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis no site bussolasdaindustria.org.br/transformacaodigital. Nesse endereço, as indústrias interessadas já podem participar do novo ciclo da pesquisa, que a partir de agora passa a ser de fluxo contínuo. As empresas participantes têm acesso a uma ferramenta on-line gratuita para realizar uma autoavaliação e receber um diagnóstico personalizado. O documento gerado traz orientações para fortalecer o ambiente de negócios da indústria por meio da disseminação, avaliação e compreensão das práticas voltadas à transformação digital, alinhadas às necessidades do mercado.

Abaixo, um resumo dos principais resultados da Bússola em cada uma das seis dimensões analisadas.

Estratégia

Nesta dimensão, que analisa as estratégias organizacionais para alcançar os objetivos da transformação digital, o desempenho médio foi de 44%. Em alguns dos itens específicos analisados, como a implantação de indicadores de desempenho, apenas 9% das empresas se encontram no nível mais elevado, de proatividade digital. Porém, em indicadores como plano de transformação digital e relacionamento com o cliente, 32% já estão em nível de pré-atividade digital.

Gestão

Na dimensão gestão, que trata de aspectos da gestão empresarial e sua relação com a transformação digital, o desempenho médio foi de 43%. O destaque é para o indicador de tomada de decisão pelos gestores, em que 56% das empresas estão nos níveis de pré-atividade e proatividade digital. Já em ações relacionadas ao ciclo de vida de produtos e serviços, 42% das empresas se enquadra no nível de passividade digital.

Produção e operação

O desempenho médio das indústrias foi de 42% nessa dimensão, que analisa o conjunto de mudanças nas linhas de produção e operação com a transformação digital. Nos sete indicadores avaliados, que abrangem questões referentes a agilidade, qualidade, segurança, customização e conectividade dos processos, mais da metade das empresas se encontra ainda nos níveis de passividade e reatividade digital. Um destaque positivo é no item controle de qualidade, em que 22% das indústrias está no nível mais elevado.

Cadeia de suprimentos e distribuição

Aqui são avaliados aspectos da transformação digital em toda a cadeia de suprimentos e distribuição das indústrias. O desempenho médio nessa dimensão foi o mais alto da pesquisa, chegando a 46%. O indicador mais positivo foi o de integração da cadeia de suprimentos, em que 24% das empresas estão em nível de proatividade digital.

Pessoas

Abordando aspectos referentes a pessoas no âmbito da transformação digital, com indicadores relativos à comunicação, cultura, comportamento e liderança de equipes, essa dimensão registrou desempenho médio de 41%. Um item que chama a atenção é o de segurança psicológica, em que 47% das empresas ainda se encontra no nível de passividade digital. “Esse é um indicador importante, já que muitas pessoas pensam que vão ser mandadas embora com a transformação digital”, explica a gerente do Observatório.

Tecnologias facilitadoras

Com desempenho médio de 42%, a última dimensão trata da implantação de tecnologias facilitadoras no processo de transformação digital. As indústrias respondentes apresentaram altos níveis de maturidade nos indicadores de cloud computing e segurança de dados, em que 44% e 41% das empresas, respectivamente, enquadraram-se no nível de proatividade digital.

Desafios-chave

Ao analisar os resultados, a Bússola da Transformação Digital conclui que a indústria paranaense tem seis desafios-chave para que possa avançar nesse tema. São eles:

1 – Reposicionamento das empresas em termos de estratégia para incorporação da transformação digital.

2 – Evolução das práticas de gestão empresarial com vistas à condução da transformação digital nas empresas.

3 – Incorporação da transformação digital nas linhas de produção e operação.

4 – Compreensão do impacto da transformação digital na cadeia de suprimento e na distribuição de produtos.

5 – Entendimento do papel e da importância das pessoas nos processos de transformação digital.

6 – Ampliação nas empresas do entendimento sobre as tecnologias facilitadoras para a transformação digital.

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