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Começa o julgamento de Luís Felipe Manvailer, acusado de matar Tatiane Spitzner

Foto: Arquivo Pessoal

Começou nesta quarta-feira (10), por volta das 9h15 da manhã, o júri popular de Luís Felipe Manvailer, acusado de ter matado a esposa Tatiane Spitzner em Guarapuava, no Centro-Sul do estado, em 2018. O caso de violência doméstica ganhou repercussão nacional pela brutalidade. Inicialmente marcado para ocorrer em dezembro do ano passado, o julgamento foi adiado na ocasião a pedido da defesa do réu.

Manvailer foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio qualificado (feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia) e fraude processual (por ter removido o corpo da vítima do local da queda e limpado vestígios de sangue deixados no elevador). Ele está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) desde então.

Na época do crime, imagens de câmeras de segurança registraram os fatos. Os vídeos só não mostram o que ocorreu dentro do apartamento do casal. Foi dali da sacada do 4° andar que Tatiane Spitzner caiu. A defesa do réu sustenta que ela se jogou, enquanto a acusação quer provar que a advogada já estava sem vida quando foi jogada pelo marido.

A gravidade dos fatos levou à edição da Lei Estadual que estabeleceu a data do crime (22 de julho) como o Dia de Combate ao Feminicídio.

Denúncia

Conforme a denúncia criminal oferecida pelo MPPR, por meio da 10ª e da 12ª Promotorias de Justiça da comarca, na madrugada do dia 22 de julho de 2018, após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, o réu passou a agredir a vítima. Ao final das agressões, segundo a ação penal, a mulher teria sido lançada da sacada do apartamento pelo denunciado.

A tese do MPPR, comprovada pelo laudo de necropsia e pelo laudo anatomopatológico, é de que a vítima foi jogada da sacada quando já estava morta. O denunciado foi preso no mesmo dia do crime, ao tentar fugir. Ele foi encontrado após bater o carro na estrada, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava e a cerca de 50 quilômetros da fronteira com o Paraguai.

Sessão

O julgamento ocorre na Vara do Tribunal do Júri de Guarapuava, com a adoção de medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, como a restrição de acesso ao local. Somente as partes envolvidas estão presentes.

A transmissão dos debates será feita por meio do canal do TJPR no YouTube. Contudo, essa parte do júri deve ocorrer somente nesta quinta-feira (11).

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