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Castro integrará ‘Dia de Protesto’, na próxima segunda

A Prefeitura de Castro, com as demais prefeituras que integram a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) acompanhará o ‘Dia de Protesto’ proposto pela Associação de Municípios do Paraná (AMP). Assim, na segunda-feira (21), as Prefeituras dos 19 municípios associados da AMCG estarão fechadas – exceto serviços essenciais – para denunciar a grave crise financeira enfrentada. Em Castro, os serviços administrativos da Prefeitura serão paralisados nesta data. “Reivindicamos em benefício de todos os municípios, pelo FPM [Fundo de Participação dos Municípios], repasse dos recursos do governo federal que estão atrasados, entre uma série de outras situações enfrentadas pelas Prefeituras”, explica o prefeito Reinaldo Cardoso.

Além da paralisação na próxima segunda-feira, o prefeito Reinaldo explica que no dia 28 acontecerá mobilização em Curitiba que reunirá prefeitos, deputados federais e estaduais, gestores e representantes de entidades ligadas à área da saúde, para reivindicar mais recursos federais para investimentos e custeio dos serviços oferecidos através da rede pública de saúde do Paraná.

Em reunião realizada pela AMP no início de setembro, todas as Associações regionais acenaram a adesão ao Dia de Protesto. A AMCG tomou a decisão após contar com a unanimidade entre os prefeitos. “Temos que mostrar para nossa comunidade que também estamos chocados com esta crise”, destaca o presidente da AMCG, e prefeito de Ipiranga, Roger Selski.

Para o prefeito Reinaldo, o Brasil está passando por uma crise nunca vista antes. “Uma crise econômica, política e moral”, elenca, destacando que os gestores estão discutindo por um bem comum: a sobrevivência de seus municípios. Para ele, se este ano a crise já está sendo sentida em todas as esferas políticas, no próximo ano a situação tende a ser pior. “Se o governo federal já apresentou as contas públicas do próximo ano, com um déficit de 30% é porque a situação está complicada”, avalia.

Entre as situações enfrentadas pelas Prefeituras estão cortes de convênios – que está prejudicando desde o programa de pedras irregulares para calçamento de ruas até as entregas de casas do ‘Minha casa Minha Vida’ -, os valores defasados para construções de creches e escolas, os custos com o transporte escolar, saúde, entre outros.

Para Dr. Reinaldo, discutir a crise junto à população é muito importante já que os prefeitos atuam como um tipo de ‘para-choques’ em sua comunidade. “Temos que mostrar que estamos gerenciando uma crise”, avalia. O chefe do Executivo de Porto Amazonas, Ademir Schulli, concorda e avalia que estas questões devem ser feitas em conjunto. “A AMCG deve continuar unida em suas decisões. Assim devemos manter juntos este Dia de Protesto”, disse.

Para o protesto, a AMCG deve seguir a pauta de reivindicações proposta pela AMP, que quer a revisão pacto federativo; a prorrogação da lei resíduos sólidos; impedir o governo federal de criar novos encargos aos municípios sem a garantia de manutenção; a garantia dos 2% de aumento FPM. Além disso, há outras questões, que preocupam a AMCG e seu presidente, como a participação da União, através Fundeb, para pagamento do piso salarial professores; a liberação de restos a pagar e a correção da inflação dos valores repassados para programas federais.

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