Administrações dos Campos Gerais prometem parar serviços na segunda-feira; em Ponta Grossa, prefeitura afirma que apoia manifestação mas diz que funcionará normalmente
Boa parte das prefeituras dos Campos Gerais deve aderir à paralisação convocada pela Associação de Municípios do Paraná (AMP) para a próxima segunda-feira. A maioria das administrações na região promete parar, mantendo apenas os serviços essenciais. Ponta Grossa, no entanto, não deve aderir à manifestação e funcionará normalmente.
A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) informou as 19 Prefeituras dos 19 municípios associados à entidade estarão fechadas. Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que o prefeito Marcelo Rangel (PPS) apoia a manifestação, no entanto, ” não tem condições de paralisar seus serviços, devido às diversas obras que incluem pavimentação em vários pontos da cidade. A paralisação é inviável nos setores administrativos, porque neste mês de setembro a população está indo à prefeitura para quitar as pendências fiscais, que garantem ao contribuinte o desconto de 20% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do ano que vem”, informou a administração, em nota.
Em Castro, os serviços administrativos não irão funcionar na segunda-feira. “Reivindicamos em benefício de todos os municípios, pelo FPM [Fundo de Participação dos Municípios], repasse dos recursos do governo federal que estão atrasados, entre uma série de outras situações enfrentadas pelas Prefeituras, explica o prefeito Reinaldo Cardoso.
Em reunião realizada pela AMP no início de setembro, todas as Associações regionais acenaram a adesão ao Dia de Protesto. A AMCG tomou a decisão após contar com a unanimidade entre os prefeitos. Temos que mostrar para nossa comunidade que também estamos chocados com esta crise, destaca o presidente da AMCG, e prefeito de Ipiranga, Roger Selski.
AMP
Em Curitiba, o presidente da AMP e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto, denunciará a crise dos municípios na tribuna da Assembleia Legislativa. “Mesmo sendo o local onde as pessoas vivem e pagam os tributos, recebemos apenas 17% de todos os impostos arrecadados no País (os municípios reivindicam pelo menos 30%). As prefeituras estão sangrando. Se essa distribuição de recursos não for redefinida por meio de um novo pacto federativo, os municípios serão inviáveis em pouco tempo. Isso causaria sérios impactos na qualidade de vida da população, alega Micheletto.