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Bitucas de cigarro são usadas para purificar água em pesquisa da UEM

Os pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) receberam o prêmio de patente do ano, durante o 43º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), que ocorreu no último mês no Rio de Janeiro. Eles criaram a invenção intitulada de “Processo de obtenção de carvão ativado a partir da carbonização hidrotérmica de bitucas de cigarro”.

A pesquisa científica do curso de Química da UEM transforma bitucas de cigarro em hidrocarvão modificado. Este, por sua vez, é capaz de adsorver corantes, portanto, pode ser material útil para otimizar o tratamento de água em estabelecimentos como lavanderias. Além deste benefício, é uma forma sustentável de dar destinação adequada às bitucas, explicou o pesquisador da UEM, Rogério dos Santos Maniezzo.

Segundo informou os pesquisadores, para produzir 2g de carvão ativado é necessário ao menos dois maços de cigarro, sendo uma solução inovadora para o lixo gerado pelo produto. O artigo foi publicado internacionalmente e marcou a primeira patente de uma universidade do sul do país a conquistar o prêmio da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI)

O prêmio, em sua quarta edição neste ano, privilegiou patentes que promovam a igualdade social, e foi entregue a Andrelson Wellington Rinaldi, Rogério Dos Santos Maniezzo, Hugo Henrique Carline De Lima, Marcos Rogério Guilherme, Murilo Pereira Moisés, Pedro Augusto Arroyo, e Vicente Lira Kupfer por Ricardo Cardoso Costa Boclin, membro do Conselho Diretor da ABPI.

Para o julgamento do prêmio foram levados em conta: potencial de geração para a igualdade social (35%), impacto ambiental (15%), potencial para geração de benefícios econômicos (30%), internacionalização da proteção (15%), participação de inventores negros (5%), abordagem de gênero (5%), participação de inventores brasileiros (5%).

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Maniezzo agradeceu a ABPI pelo reconhecimento do trabalho com este prêmio, “pois ele valoriza a pesquisa feita nas universidades federais e estaduais”. A invenção possui a classificação de patente verde, e foi depositada em 2019 no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e concedida em 2022.

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