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Coreia do Norte testa maior míssil com capacidade de atingir os EUA

Imagem combinada mostra o que parece ser um teste de "míssil balístico intermédio e de longo alcance" Hwasong-12, que a agência estatal KCNA diz ter sido realizado no domingo, juntamente com fotos supostamente tiradas do espaço sideral registada por uma câmera na ogiva do míssil. KCNA - Reuters

Um míssil Hwasong-12, de alcance intermédio com capacidade de atingir o território norte-americano de Guam no Pacífico, terá sido lançado pela Coreia do Norte, este fim de semana. Foram divulgadas diversas fotografias pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte que mostram a perspectiva do planeta vista do espaço. A agência norte coreana alega que a imagem foi captada por uma câmara instalada na ogiva do míssil, considerado o projétil mais poderoso lançado desde 2017.Desde o início de 2022, este é o sétimo ensaio da Coreia do Norte.
A agência de notícias estatal norte coreana, KCNA, difundiu um conjunto de fotografias para testemunhar que um dos mísseis mais poderosos do regime, o Hwasong-12, foi testado.

A autenticidade das imagens partilhadas não foram confirmadas por entidade independente, mas a KCNA afirma que registam a subida do míssil, depois de lançado perto da fronteira com a China. A vista do planeta terá sido captada por uma câmara colocada na ogiva da arma nuclear.

A KCNA informou que “o míssil foi disparado numa trajetória elevada tendo em consideração a segurança dos países vizinhos”.

Segundo um avaliação dos militares sul-coreanos e japoneses foi estimado que o alegado míssil Hwasong-12 poderá ter voado cerca de 800 km e atingido uma altitude máxima de 2.000 km antes de atingir o mar entre a península coreana e o Japão.

Depois dos lançamentos de mísseis de curto alcance, analistas e observadores advertem para a possibilidade de mais testes nucleares norte coreanos ocorrerem usando mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) capazes de alcançar território do continente americano.

O míssil Hwasong-12, alegadamente disparado no domingo, demonstrará que a Coreia do Norte pretende enviar uma expressiva mensagem aos EUA.

De acordo com o Guardian “a arma terra-terra com capacidade nuclear é teoricamente capaz de atingir qualquer lugar no Japão, bem como Guam e a ponta ocidental da cadeia das Ilhas Aleutas do Alasca”.


Intimidar BidenEste somatório de ensaios fará parte de uma estratégia de Kim Jong-un, líder norte coreano, para pressionar o governo de Biden a reiniciar as negociações nucleares e procurar reconhecimento internacional como potência militar.

Com esta intimidação, Kim pretende também conseguir um alívio nas sanções económicas aplicadas ao país.

Washington disponibilizou-se para negociar mas “sem pré-condições” e rejeitou as exigências norte-coreanas que querem estabelecer um alívio de sanções como um prelúdio para as negociações.

Biden aprovou um conjunto de sanções à Coreia do Norte, este mês, e foram as primeiras desde que está à frente do Executivo. O presidente norte americano não demonstra sinais de que se vá sentar à mesma mesa com o líder asiático em rondas diplomáticas como aconteceu entre Kim e Donald Trump.

As autoridades de Washington dizem-se preocupadas com os ensaios nucleares do regime de Pyongyang e receiam a corrida aos ICBMs.
“A Coreia do Norte está a promover ações, que acreditamos serem fundamentalmente desestabilizadoras, como forma de aumentar a pressão”, disse um representante do Executivo, numa conferência de imprensa em Washington.

“Acho que provavelmente há uma componente que também serve para validar os sistemas que eles desenvolveram e refiná-los ainda mais”, acrescentou.

Os testes deverão ser interrompidos enquanto decorrerem os Jogos Olímpicos de Inverno realizados na China, que é o principal país aliado na Coreia do Norte, mas adverte para mais ensaios de armas ainda com maior capacidade nuclear depois da competição terminar.

Em 2017, o regime de Pyongyang testou um míssil ICBM Hwasong-15 que, de acordo com especialistas militares, a arma confere à Coreia do Norte a capacidade de atacar os EUA.

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