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Veja o que o próximo prefeito, ou prefeita, pensa para a educação das crianças de Ponta Grossa

(Foto: Reprodução)

Segunda-feira (12) é data em que se comemora o Dia das Crianças. Diante disso, o dcmais e Diário dos Campos questionaram os candidatos à prefeitura de Ponta Grossa sobre quais as propostas de campanha para as crianças ponta-grossenses, em uma das áreas mais importantes para o seu desenvolvimento: a educação.

Se melhorar a educação já deve ser desafio constante para os gestores, ele aumenta em um momento em que a pandemia do novo coronavírus afetou diretamente o setor, com suspensão de aulas presenciais há mais de sete meses. Sem previsão de data para que os alunos voltem às salas de aula, certamente caberá ao próximo prefeito ou prefeita de Ponta Grossa definir quando isso acontecerá, quais as medidas de distanciamento e cuidados serão adotadas para a retomada do ensino presencial, e, mais do que isso, como recuperar o conteúdo que ficou comprometido neste ano.

Diante de tantas incertezas, o próximo prefeito ou prefeita – Marcio Pauliki (SD), Mabel Canto (PSC), Professor Edson (PT), Professora Elizabeth (PSD) ou Professor Gadini (PSOL) – também terá que definir como será o atendimento dos alunos que migraram da rede particular para a rede municipal de educação durante a pandemia – segundo a Secretaria Municipal de Educação, até agora são 40 novos alunos na rede infantil e 241 no ensino fundamental. Veja o que planejam os candidatos à prefeitura diante deste cenário:

Mabel Canto – “A primeira coisa que teremos que fazer é um protocolo de volta às aulas e isso me preocupa muito. Os pais, alunos e os profissionais precisam se sentir seguros. Precisamos discutir com todos, profissionais de educação e de saúde, inclusive com o sindicato dos servidores para avaliar [o protocolo] e se será feito um rodízio. Pode ser a cada semana ou 15 dias. Além disso, temos uma evasão escolar muito grande e diferentes níveis de aprendizado nesse período de pandemia. Tem que sentar com os professores e promover um diálogo com as pessoas que estão diretamente ligadas ao setor de educação. Sobre os alunos que estão migrando da rede privada, o número pode ser de 3 a 4 mil alunos o total que está indo para a rede pública e teremos que estar preparados para recebê-los”.

Marcio Pauliki – “Com certeza, a aplicação de conteúdo ficou bastante comprometida, portanto, nós vamos precisar ter uma parceria muito forte com todo quadro de educação para desenvolvermos ações importantes. Nessa questão do currículo pedagógico, temos também que reduzir a burocracia da educação, pois os professores infelizmente passam muito tempo preenchendo relatórios; precisamos rever isso, para que eles possam estar em sala de aula. Temos uma preocupação muito grande com essa demanda vindo do ensino particular, já estamos levantando algumas informações que serão necessárias para abertura de novas escolas municipais e o reforço de outras”.

Professor Edson – “O ano letivo não precisa necessariamente coincidir com o ano civil. É possível fazer uma adequação nos próximos anos para que os alunos não tenham prejuízo no aprendizado, mas tudo será discutido com os conselhos municipais, outras instituições e a população. Sobre a transferência de alunos da rede privada para a pública, a Prefeitura terá que ampliar suas estruturas educacionais para abrigar todas as crianças, pois isso é dever da administração pública. No entanto, a prefeitura deve negociar com as escolas particulares para que continuem atendendo nos casos em que o sistema público não consiga absorver a demanda. Isso pode ser feito através de bolsas de estudo”.

Professor Gadini – “O processo de aprendizagem dos estudantes é algo contínuo e não se limita a um ano letivo. Para pensar a sequência da formação, é fundamental, no início de 2021, considerar uma revisão dos conteúdos com alunos, conforme a série cursada em 2020, verificando eventuais temas não suficientemente trabalhados. Após avaliação, analisar o aproveitamento e o processo pedagógico para definir os próximos passos com profissionais e a comunidade escolar. O empobrecimento da maioria da população deve aumentar demanda escolar na rede pública. No início de 2021, é preciso verificar a situação real e, a partir daí, buscar soluções imediatas, cortando gastos desnecessários”.

Professora Elizabeth – “Os alunos da rede municipal de educação não perderam conteúdo pedagógico em 2020, visto que as aulas na TV foram iniciadas em 20 de abril, com programa semanal do conteúdo pedagógico apresentado na TV e trabalhado com atividades complementares. Até o dia 23 de dezembro, as 800 horas curriculares de 2020 serão cumpridas na rede municipal de educação. Dessa forma, o calendário para o próximo ano já está sendo organizado, permitido a aplicação do conteúdo pedagógico completo de forma presencial ou remota. Grande parte dos alunos que migraram da rede particular deve retornar à sua origem no caso de retomada das atividades presenciais. As adequações serão realizadas conforme a necessidade real no momento da retomada das atividades presenciais”.

Vacina x volta às aulas

Entre os candidatos à prefeitura de Ponta Grossa, Marcio Pauliki, Professora Elizabeth, Professor Edson e Professor Gadini são enfáticos em defender a retomada das aulas presenciais apenas quando estiver disponível à população a vacina contra a covid-19. Mabel Canto, por sua vez, destaca que é preciso “ouvir o Estado e debater amplamente com educadores, departamentos de saúde e especialistas. Uma situação que precisará ser avaliada em todo o Paraná”.

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