Contribuindo para o problema da superpopulação de cães em situação de rua, há pessoas que abandonam animais, ainda filhotes, nos bairros de Ponta Grossa. Elizeu Ramos, que mora na região do Borato, viu gente deixando cães por diversas vezes no meio da rua. Mesmo com poucos recursos, decidiu fazer algo a respeito.
Elizeu começou sua boa ação recolhendo um grupo de filhotes e uma cadela, e repetiu gesto parecido outras vezes, ao longo dos últimos cinco anos. Hoje, ele cuida de 16 animais, dos quais sete ainda são filhotes. Mas não é fácil alimentá-los. “Já trabalhei de tudo nessa vida: borracheiro, eletrotécnico, criador de cavalo, militar do Exército e segurança da Münchenfest. Agora estou sem emprego fixo. Boa parte da renda vinha da reciclagem, mas começaram a pagar muito pouco também, e passei a trabalhar mais com limpeza de terreno”, conta.
O espaço onde os cães estão é grande, mas não é cercado. Elizeu aproveita as horas disponíveis para começar uma cerca de tela, que deve permitir que eles fiquem soltos, sem irem para as ruas. Passa muito caminhão aqui por perto, não quero que sejam atropelados, diz, preocupado.
Doações
Para ajudar Elizeu nessa tarefa, um grupo de protetores de animais vem fazendo o que pode. Mas não tem condições de cuidar dos 16 cães, e nem é esse o objetivo. Eles são família, não quero separá-los, diz Eliseu, mostrando que os filhotinhos estão ao lado da cadela que os amamentou.
Na verdade o que precisamos é de ração para os cães, ou madeira e materiais para cercar a propriedade ou fazer um canil. Se alguém pudesse ajudar com cuidados veterinários ou dinheiro para castração, também seria bem vindo, diz Selma Terezinha Scheiffer, que coordena o Grupo.
Quem puder colaborar com Elizeu, que mora sozinho e tem os animais como parte da família, pode entrar em contato com Selma pelo telefone (42) 99938-1618.
