Dando continuidade ao nosso último artigo, hoje trataremos dos títulos privados de renda fixa. Desde Certificados de Depósitos Interbancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Debêntures, dentre diversos outros títulos, a renda fixa presente nos emissores privados vêm ganhando espaço nas prateleiras de distribuição de produtos.
Alguns desses títulos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, como é o caso da LCI e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Títulos emitidos por instituições financeiras para lastrear crédito podem ser uma ótima alternativa para os investidores mais conservadores.
Com taxas que variam de acordo com o prazo do título e o emissor, podem chegar próximos a 95% do CDI, hoje seria algo em torno de 10% ao ano. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante as aplicações financeiras nestes títulos em até R$ 250 mil. Ou seja, se o valor investido for igual ou inferior a 250 mil, o risco é zero.
Dentro da cobertura do FGC, ainda temos os CDBs. Título bastante conhecido dos clientes de bancos, os CDBs apresentam várias opções e condições diferentes, podendo ser uma alternativa para vários investidores com diferentes objetivos.
O CDB não é isento de Imposto de Renda, portanto deve-se tomar cuidado às taxas de remuneração apresentadas. Existem CDBs de grandes bancos que remuneram a uma taxa de 80% do CDI, o que seria próximo a 8,6% anuais nos dias de hoje. Já bancos de menor porte podem apresentar taxas bem melhores e, dependendo do prazo de investimento, é possível alcançar até 120% do CDI, ou seja, 13% ao ano. Dentro do limite de R$ 250 mil, não vejo motivo para estar em um grande banco, com os pequenos remunerando dessa forma.
Além destes, existem diversos outros títulos, como as debêntures. Aplicar em debêntures, nada mais é que emprestar dinheiro para uma empresa que não seja uma instituição financeira. Assim como você empresta para o banco no caso de um CDB. A diferença aqui é que não existe cobertura do FGC e as condições são totalmente variáveis de título para título, desde garantias reais, fiduciárias ou sem garantia alguma, as debêntures devem ser analisadas caso a caso.
Na renda fixa de emissão privada existem múltiplas outras alternativas: Letras de Câmbio, Certificados de Recebíveis Imobiliários, etc. Dentre todas estas fontes de renda possíveis, temos somente uma certeza: continua perdendo dinheiro na poupança somente quem quiser.