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Farmacêuticos alertam para os riscos da automedicação

É consenso que os avanços na medicina facilitaram tratamentos, permitiram aumentar a expectativa de vida da população e que novas formas de cuidar da saúde surgem a cada dia. Mas também é verdade que as facilidades tecnológicas criaram uma armadilha: é muito fácil adquirir um medicamento, mesmo sem a orientação de especialistas, o que gera acidentes.

De acordo com o professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Sinvaldo Baglie, as estatísticas mostram que as intoxicações pelo uso indevido de remédios são cerca de 27 mil ao ano no Brasil. “Só no Paraná são de 3.500 a 4 mil casos por ano. A maior parte dos casos de intoxicação ocorrem por meio de medicamentos, à frente do uso de drogas ou ingestão de produtos de limpeza, por exemplo”, diz.

Diante desse problema, o Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) e o curso de Farmácia da UEPG vêm realizando atividades de orientação sobre os riscos do uso de remédios sem prescrição. “Existem medicamentos que podem ser adquiridos sem receita médica. Mas, mesmo nesses casos, é indispensável a orientação de um farmacêutico, sobre as indicações do medicamento, forma de uso e eventuais efeitos colaterais”, explica Baglie.

A intoxicação por medicamentos é especialmente grave quando ocorre entre crianças, quando não sabem se tratar de remédio, e entre idosos, quando se confundem com horários ou quantidade de ingestão. No primeiro caso, o fundamental é guardar os medicamentos em local seguro, e no segundo é preciso manter supervisão no uso dos remédios pelos idosos. Anotações nas caixas dos medicamentos costumam ajudar.

Peterson Strack
População foi orientada sobre uso de plantas medicinais

 

Plantas medicinais

Em muitos casos, o uso de medicamentos feitos em laboratório é dispensável. Segundo a professora especialista em Química de Produtos Naturais da UEPG, Rosi Zanoni da Silva, as plantas medicinais são muito úteis, basta saber usá-las.

“É preciso saber que há plantas que podem ser tóxicas, como é o caso da losna, comumente usada para tratamento do estômago e fígado, mas que pode causa até cânceres se for utilizada por um tempo prolongado”, disse a professora, durante campanha no Terminal Central de ônibus. Até mesmo a hortelã tem restrições, no caso de grávidas: o chá feito com essa planta pode ser abortivo e causar deformações fetais.

 

Algumas plantas úteis

 

Hortelã: descongestionante nasal

Alecrim: anti-séptico de vias respiratórias

Babosa: hidrata pele, trata queimaduras

Alfazema: antigases

Bálsamo: alivia dor de estômago e azia

Boldo: digestivo e redutor de colesterol

Carqueja: diurético e digestivo

Capim-limão: calmante, reduz pressão arterial

Guaco: bom para tosse e bronquite

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