Embora o nome 'Dezembro Laranja' tenha sido criado há 3 anos, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele existe desde 1995, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Ponta Grossa teve a honra de participar desde a 1ª Campanha, que este ano tem como tema 'Se exponha, mas não se queime'.
"Vários formatos foram adotados ao longo dos anos para envolver os brasileiros e alertá-los para um assunto tão importante e tão relevante em nosso país, quer seja pela extensa área de exposição solar existente no Brasil, quer seja pela diminuição da camada de ozônio devido à liberação de fumaça industrial, especialmente na região sudeste", afirma a dermatologista Eloina Valenga Baroni.
Ela destaca que os resultados obtidos a cada campanha mostram uma maior conscientização da população em relação aos riscos de uma exposição solar excessiva e inadequada, como o câncer de pele e o envelhecimento cutâneo precoce.
"As crianças e adolescentes são um dos focos principais da campanha pois a ação dos Raios Ultra Violeta (RUV) em nossa pele é cumulativa e acredita-se que até os 18 anos recebemos aproximadamente 80% do total de radiação que teremos na vida", explica.
Outros alvos prioritários são pessoas com a pele muito clara, que tenham sardas, tenham tido queimadura solar ou que trabalhem ao sol ou realizem atividades frequentes ao ar livre.
Eloina reforça que é preciso cuidar da pele o ano inteiro, mas especialmente no verão não podemos descuidar de alguns pontos básicos para proteção, tais como:
TOME NOTA:
• Existem vários tipos de filtro solar, que se adaptam aos diversos tipos de pele (mista oleosa, seca ou normal) e o médico dermatologista pode indicar qual o ideal para cada pessoa.
• É importante lembrar que ao nos protegermos dos raios solares nocivos, estamos cuidando também da nossa aparência, pois enquanto as RUV B podem causar câncer de pele, as RUV A contribuem para o envelhecimento precoce da pele ao agirem de forma negativa sobre o colágeno presente na derme, o qual é responsável pela sustentação da nossa pele e que, ao ser degradado, leva ao surgimento de rugas nas áreas expostas ao sol.
• Outras complicações decorrentes da exposição crônica às RUV são manchas acastanhadas especialmente em face, colo e mãos, o que nos faz lembrar que precisamos proteger toda a pele exposta ao sol e não apenas o rosto.
• As radiações solares atravessam nuvens e até mesmo o vidro, portanto devemos usar filtro solar mesmo em dias nublados ou até se não sairmos de casa.
• Os tratamentos para rejuvenescimento cutâneo e manchas não precisam ser interrompidos durante o verão, mas sim adequados à estação.
Informe-se
A Sociedade Brasileira de Dermatologia mantém uma página na Internet (www.sbd.org.br) que permite a qualquer pessoa acessá-la para obter orientações sobre as campanhas de prevenção, cuidados com o sol e com a pele em geral, Índice Ultra Violeta em tempo real em todo o país.