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Cigarro eletrônico pode ou não pode? Entenda a polêmica

Cigarros eletrônicos

Eles parecem inofensivos à saúde e vêm disfarçados com inúmeros sabores e aromas. Os cigarros eletrônicos estão cada vez mais comuns entre os jovens pela aparência atrativa e substituem os cigarros tradicionais. Mas o uso desperta a seguinte dúvida: os vaporizadores fazem mal para a saúde?

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), os dispositivos eletrônicos possuem substâncias tóxicas além da nicotina. Sendo assim, o cigarro eletrônico pode causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

Ainda de acordo com o INCA, estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos.

Cigarros eletrônicos
Uso de cigarros eletrônicos também são prejudiciais à saúde

Quem pode comercializar cigarros eletrônicos?

A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. Essa decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.

Quem pode comprar cigarros eletrônicos?

Apesar da proibição da venda destes produtos no Brasil, é comum encontrar os dispositivos eletrônicos em diversas lojas de conveniência e também anúncios via redes sociais, tornando a compra e o acesso de forma fácil.

Em novembro de 2021, Associação Médica Brasileira (AMB), através da sua Comissão de Combate ao Tabagismo rejeitou a proposta do Deputado Federal Kim Kataguiri (SP), que em rede social, se posicionou favorável à liberação do uso dos cigarros eletrônicos no Brasil.

“Apesar da proibição, o percentual de experimentação e uso dos referidos dispositivos vem aumentando significativamente no país”, disse a nota.

Comercialização cigarros eletrônicos
Comercializar cigarros eletrônicos é proibido no Brasil. (Foto: Procon)

Vaporizar equivale a fumar 20 cigarros

Vaporizar um ‘pendrive’ equivale a fumar um maço de cigarros, segundo a AMB. De acordo com o órgão, cada pod do cigarro eletrônico, no formato de pendrive, contém 0,7 ml de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, similar portanto, ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais.

“O cigarro eletrônico em forma de pendrive e com USB entrega nicotina na forma de ‘sal de nicotina’, algo que se assemelha à estrutura natural da nicotina encontrada nas folhas de tabaco, facilitando sua inalação por períodos maiores, sem ocasionar desconforto ao usuário”.
Além da nicotina, os pods também contêm uma mistura de glicerol, propilenoglicol, ácido benzoico e flavorizantes 8 . “Eles podem ser manipulados e preenchidos com outras substâncias como o tetrahidrocanabinol (THC) – principal substância psicoativa da maconha”, alertou a Associação.

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Procon apreende mais de 470 dispositivos eletrônicos

Uma operação realizada pelo Procon Ponta Grossa, na última quinta-feira (27), com o apoio da Vigilância Sanitária e a Guarda Municipal, resultou na apreensão de 478 dispositivos eletrônicos, entre cigarros eletrônicos, vaporizadores, acessórios, essências, entre outros. A ação foi realizada no Shopping Popular.

Segundo Leonardo Werlang, coordenador do Procon Ponta Grossa, todos os itens foram interditados e serão encaminhados para inutilização e destruição.

“Essa demanda partiu do Ministério Público, através de uma denúncia anônima que foi recepcionada por eles, e quando nós nos dirigimos até esse estabelecimento, foi verificado de fato a existência desses produtos. Então foi lavrado um ato de infração pelo Procon e agora esse fornecedor tem um prazo de resposta nesse processo administrativo”, disse Leonardo.

Procon apreende mais de 470 dispositivos eletrônicos
Ação resultou na apreensão de dispositivos eletrônicos, cigarros e vaporizadores. (Foto: Procon)

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