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A desconstrução de uma década

Nos últimos quatro anos temos vivenciado um Brasil diferente. A Nova Matriz Econômica imposta pelo atual governo mudou a concepção geral de riqueza das pessoas. Com a emissão de crédito fácil, todos passamos a ter casas e carros. Os preços subiram e a prosperidade brasileira parecia existir, finalmente. Parecia…

Com a realidade dos gastos públicos batendo à porta, o governo federal resolveu postergar o ajuste que deveria ter sido realizado em 2014, ano eleitoral. Somando isso às pedaladas fiscais e muitas promessas intangíveis, o Partido dos Trabalhadores conseguiu a reeleição. Agora enfrenta as consequências de sua própria ingerência.

Engana-se quem acredita que 2016 será um ano de recuperação econômica e volta aos eixos. 2016 muito provavelmente trará mais um pouco de recessão. De forma mais branda, mas com certeza ainda em um cenário preocupante de inflação persistente sem crescimento, pouco a pouco, deteriorando o poder de compra do seu dinheiro. Teremos taxas de juros altas por bom período de tempo, o que favorece a Renda Fixa e os investimentos em Títulos Públicos Federais.

Com Levy na fazenda buscando um esforço cujo Palácio do Planalto não quer ouvir falar, o Ministro assume a função de ‘Melhor Timoneiro do Mundo’ onde o objetivo é conseguir escapar das bombas e torpedos da oposição e também de seus aliados sem deixar o navio afundar. Aliados, os quais, não o poupam e não demonstram querer fazer parte do ajuste fiscal.

Resumindo, a impressão que fica é que todo esse período de ajuste, o qual deve levar 3 anos, ficará por conta da iniciativa privada. Enquanto o governo federal corta verbas da educação e planejamento, mas não corta cargos comissionados, o brasileiro comum perde o emprego não conseguindo pagar seu carro e casa adquiridos há pouco tempo, a indústria definha em um raro caso de desindustrialização precoce, onde um país com grande potencial perde sua base produtiva antes de alcançar o desenvolvimento necessário.

A década atual será uma nova década perdida para a economia e o Brasil continuará sendo o país do futuro por, ao menos, mais dez anos.

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