O país está à procura engenheiros e a escassez de mão de obra nessa área está valorizando a categoria, cuja média salarial anual é de R$ 134 mil. Os dados foram divulgados pela Kelly Services, empresa de Gestão de Recursos Humanos. Além disso, os profissionais que trabalham nas áreas de tecnologia da informação e engenharia estão entre os mais visados para oportunidades de emprego no Canadá. O cenário favorável, porém, não tem motivado tantos interessados na capital paranaense, que concentra apenas 3% dos engenheiros do país. Uma das razões, explica o diretor da Escola Superior Politécnica da Uninter, professor Neil de Carvalho, é o desconhecimento da profissão e suas competências. No passado, o engenheiro trabalhava com máquinas, hoje trabalha em equipe, com pessoas, destaca Carvalho.
Formação profissional
Para esclarecer dúvidas e desmistificar algumas questões da profissão, o Centro Universitário Internacional Uninter promoveu uma palestra com o vice-presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), professor Marcos José Tozzi. Durante o evento, ele destacou a importância da engenharia para o desenvolvimento da sociedade. Nenhum país do mundo vai se destacar sem o desenvolvimento tecnológico. E a tecnologia muda a cada instante, se você não acompanhar, fica fora do mercado de trabalho, pontuou Tozzi.
Números modestos
Ele ainda destacou que a engenharia está crescendo no Brasil, mas tem números modestos. A Coréia do Sul, que tem 50 milhões de habitantes, em 1980 formava 8 mil engenheiros. Em 1990, 80 mil. No Brasil, com 200 milhões de habitantes, formamos aproximadamente 65 mil engenheiros atualmente. Precisamos de mais profissionais nesta área para promover mudanças importantes, explica o vice-presidente da Abenge.
Os primeiros passos
Ao falar da formação de novos profissionais nesta área, Tozzi ainda lembrou que é preciso investir em várias competências, além da formação técnica. Atualmente, diferenciais importantes para o profissional de engenharia envolvem questões como atitude empreendedora, principalmente para ajudar em projetos sociais, investimento em cursos de extensão na área de gestão, comunicação e liderança, além do domínio de pelo menos uma língua estrangeira, principalmente o inglês, analisou o palestrante.