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A Angustia, o mal estar, custo para o bem estar

 

Na escrita, na voz ou na aparência

Jamais nos revelamos. Nosso ser

Nem palavra ou semblante o vão dizer.

De nós a alma longe em permanência.

Por mais que a vontade ao pensar dermos

De, por artes, sermos revelados,

Os corações se quedam encerrados

E no que nos mostramos, escondemos.

Abismo de alma a alma intransponível

Não há pensar ou arte que o desfaça;

Distantes de nós mesmos, impossível

Nosso ser ao pensamento revelar.

Sonhos de nós, a alma em clarões passa

E um noutro se vê em seu sonhar.

 F.P.

Soneto I de (35 Sonetos) de Fernando Pessoa

 

 

Com satisfação ocupo este espaço instada por seu tema principal,ou seja o campo da Saúde. A Saúde foi e será sempre o bem mais precioso e caro ao vivente. Desde tempos longínquos vem detendo olhares, olfatos, tato e ouvidos dos pensadores e pesquisadores de modo a que os viventes, especialmente os humanos sobrepassem seus dias em maior e melhor bem estar, porém sabemos também que essa garantia absoluta não existe.

Temos o incurável do corpo e temos o mal estar promovido por estados de Angustia responsáveis por custos ao bem estar, e que ficam , como nos diz Pessoa em seu soneto no mundo calado do fundo da alma.

Escrever sobre a Angustia foi uma decisão em razão da matéria publicada sobre As Dores da Alma,que me levou a encontrar com o soneto de Fernando Pessoa, o mestre poeta lisboeta, onde nos diz do que fica no campo d’alma e que de modo singelo Dionesine Navarro discorreu.

Alma, que se revela desde a antiguidade como o que se guarda no interior de nós mesmos, o mais intimo. Surge através de eum sopro na voz, nos causando estranhamento no que podemos em dado momento dizer, permitindo a liberdade talvez de criar, o belo ou o pior. A angustia pode permitir que Um Van Gogh pintasse em meio aos seus delírios e alucinações, que Da Vinci em meio as suas inquietudes inventivas nos deixasse uma obra imensa, inclusive uma Moraliza, e o que dizer de um Michelangelo que deixa seu nome em obras magnificas inspirado pelo que advinha d’alma. Um homem profundamente admirado pela nobreza no entanto tomado por inspiração sem igual, inspiração inquietante, alma aflita,Angustia, que encontra solução, produzindo arte maior, suas grandiosas esculturas e suas imensas gravuras da Capela Sistina .

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