Um país politicamente dividido: esse é o cenário que se desenhou a partir do resultado da apuração dos votos no primeiro turno, com Lula e Bolsonaro sendo os mais votados, mas ambos com menos de 50% de todos os votos. As eleições em esfera federal agora seguirão para o segundo turno, possivelmente tornando ainda mais polarizado o pleito que já se mostrava tenso.
De um lado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente por dois mandatos, alvo de acusações de corrupção e desvio de verbas que o levaram a ser preso. Depois, absolvido, lançado novamente candidato à presidência com a proposta principal de defender as classes menos favorecidas economicamente, gerar empregos e melhorar a relação do Brasil com outros países.
De outro, Jair Messias Bolsonaro (PL), atual Presidente da República, criticado por sua retórica e pelas altas variações de preços verificadas nos últimos anos. Seguido por uma legião de fãs, que adotam a Bandeira Nacional como símbolo também do presidente, conquistou expressiva aprovação da população, especialmente no setor empresarial, mas também em todas as classes econômicas.
Esses dois parágrafos vão ser gradativamente ampliados nas próximas semanas, enquanto se desenrola a campanha pelo segundo turno, que promete ser acirrada. Ao longo da apuração de votos, Lula permaneceu em segunda posição, e com distância, de Bolsonaro. Somente com 70% dos votos computados é que o petista ultrapassou o presidente, mas ainda com baixo percentual de diferença.
Os eleitores agora observam qual será o comportamento dos dois candidatos e as estratégias, quais serão os apoios que eles receberão, e como propõem melhorar a vida dos brasileiros.