Agora eleito, o ex e futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá novos desafios, principalmente no âmbito legislativo, em relação aos apoios da Câmara e do Senado Federal – necessários para aprovar os projetos e programas previstos pelo Governo. Tanto em um, quanto em outro, o petista sai em desvantagem.
No total, o Senado é formado por 81 cadeiras.
Os partidos que anunciaram apoio a Lula nestas eleições somarão cerca de 15 cadeiras, formadas por representantes do PT, PSB, PROS, Rede, PDT e Cidadania.
Já os que anunciaram apoiar Bolsonaro (PL) terão aproximadamente 24 representantes no Senado, dos PL, PP, Republicanos e PSC.
Os partidos que deixaram os seus políticos livres para escolher serão maioria: em torno de 42. Entre eles, estão parlamentares do União Brasil, MDB, PSD, Podemos e PSDB.
Considerando estes, segundo levantamento do Valor Econômico, a base aliada de Lula pode variar entre 18 e 20 senadores, enquanto que quem, até então, apontava apoio a Bolsonaro (PL) soma cerca de 34 parlamentares.
Porém, para aprovar reformas estruturantes através de propostas de emendas à constituição (PECs) é preciso conseguir, no mínimo, 49 votos. Ou seja: no melhor dos cenários, considerando que toda a sua base vote a seu favor, Lula terá que conseguir o apoio de pelo menos cerca de 30 representantes do Senado.
O papel do centrão
Portanto, na próxima gestão novamente o presidente terá que negociar com os partidos conhecidos como integrantes do Centrão, grupo que costuma oscilar mais em relação a apoios.
Conforme destacou reportagem do portal G1, dos partidos que terão cadeiras no Senado a partir de 2023, são listados frequentemente como parte do Centrão alguns como:
- PP, PL, PSC e Republicanos – que apoiam Bolsonaro;
- Pros – que apoia Lula;
- PSD, MDB e uma ala do União Brasil, três legendas que liberaram seus filiados para apoiarem Lula ou Bolsonaro.
Apoios dos partidos
Confira, a seguir, quais partidos apoiaram quais candidatos no segundo turno destas eleições. O levantamento foi feito pelo portal UOL.
Lula
- PT (partido de Lula)
- PSB (partido do vice, Geraldo Alckmin, integra coligação)
- PCdoB (forma federação com PT e integra coligação)
- PV (forma federação com PT e integra coligação)
- PSOL (integra coligação)
- Rede (integra coligação)
- Solidariedade (integra coligação)
- Avante (integra coligação)
- Agir (integra coligação)
- PROS (integra coligação)
- PDT Cidadania
Bolsonaro
- PL (partido de Bolsonaro)
- PP (integra coligação de Bolsonaro)
- Republicanos (integra coligação de Bolsonaro)
- PSC
- PTB
Liberaram suas bancadas
- União Brasil
- MDB
- PSD
- PSDB
- Novo
- Podemos
- Patriota